Famoso serial killer costuma aterrorizar suas vítimas por telefone antes dos crimes e guardava souvenir macabros de suas escolhidas
Na década de 1970, um homem loiro, atlético, de pele clara, com um pouco mais de 1,80 metros de altura, andava muito bem vestido sob a luz do luar, nos bairros de classe média no condado de Sacramento, nos Estados Unidos.
Parecia apenas um rapaz honesto, preocupado em voltar do trabalho para casa. Mas, na verdade, o moço tinha pensamentos malignos — ele era um assassino em série, criando planos de como capturar sua próxima presa.
Foram mais de dez assassinatos a sangue frio e, pelo menos, 50 estupros, todos cometidos pelo rapaz, em múltiplos condados da Califórnia. A primeira das vítimas do serial killer, que ficou conhecido como o Assassino do Estado Dourado, foi uma mulher da cidade de Citrus Heights.
Em 1976, após rastrear os movimentos da mulher, ele se dirigiu até a casa dela, vestindo luvas e uma máscara. Seu tom de voz era sempre o de um sussurro, mas suas falas não eram abafadas, e sim sempre muito agressivas.
A moça então foi estuprada violentamente — e, a partir daí, abusos sexuais parecidos não pararam de acontecer em torno do condado de Sacramento. Isso fez até que, inicialmente, o lunático fosse apelidado de Estuprador da Área Leste. Seus rituais sádicos e, principalmente, os alvos, eram sempre os mesmos: mulheres que estavam sozinhas em casa, com os filhos.
Novo modus operandi
Mas, um ano depois de começar os estupros, a situação mudou, e o sádico começou a considerar também arrombar casas onde os maridos estivessem presentes, aproveitando para assassinar não apenas as moças, como também seus cônjuges.
Quando começou a praticar os homicídios, o infrator passou a ser chamado de Stalker Original da Noite. A primeira onda de mortes ocorreu em 1978, na cidade de Rancho Cordova, no norte da Califórnia. As primeiras duas vítimas foram o casal Brian e Katie Maggiore.
No caso de casais, o serial killer costumava amarrar primeiro o homem e colocar louças nas costas dele. Depois, ele se dirigia com a mulher para outro quarto, onde a estuprava. Caso os pratos que estavam presos ao marido ou namorado caíssem enquanto o ato de violência sexual era cometido, o serial killer ameaçava dar um tiro no homem ou matar a sua companheira.
Geralmente, no fim, ambos eram mortos por balas de pistola. E as cenas de homicídio não ficavam intactas — o criminoso levava consigo alguns itens mórbidos como uma espécie de souvenir. Eram objetos de apreço pessoal, como anéis de casamento, carteiras de motorista, moedas, jóias e até botões das roupas das vítimas.
Assassino na linha
Após os homicídios em Rancho Cordova, o serial killer matou várias pessoas na área de Santa Bárbara. Passou então pela região do sul da Califórnia, de 1979 a 1986. Normalmente, todos os ataques eram muito bem pensados, às vezes com dias de antecedência.
Antes de realizar os assassinatos, o criminoso entrava nas casas sem que os donos percebessem ou quando eles estivessem fora. Estudava a residência aos mínimos detalhes, analisando assustadoramente fotos de família, e até mesmo decorando os nomes dos moradores.
O número de telefone da residência também era sempre coletado com antecedência. Tornando a situação ainda mais perturbadora, o criminoso amedrontava as suas futuras vítimas, ligando para elas antes dos ataques. Nas ligações telefônicas, ele afirmava que iria matar alguém ou simplesmente só ligava e não falava absolutamente nada, deixando apenas um silêncio mórbido no ar.
Certa vez, em janeiro de 1978, detetives da polícia norte-americana grampearam o telefone de uma das mulheres violentadas. As autoridades conseguiram uma gravação bizarra do Assassino do Estado Dourado. Ele respirava de maneira frenética e depois repetia de modo lento e em tom de suspiro a frase: “Eu irei te matar”. Tanto a vítima, quanto os tiras, conseguiram identificar a voz monstruosa do lunático.
A revelação
O criminoso não só sabia amedrontar, como também tinha porte físico atlético e treinamento profissional. Antes dos assassinatos, ele trabalhou como policial, em Auburn, na Califórnia. Sua carreira de bom moço acabou quando ele foi demitido, após furtar um martelo e um repelente.
Em 2011, os detetives conseguiram relacionar os seus últimos crimes com os que ele havia cometido anteriormente. Eles pensaram que o Estuprador da Área Leste era outra pessoa, mas na verdade só havia uma criminoso, e o Assassino do Estado Dourado foi reconhecido por meio de testes de DNA.
Quarenta anos depois dos primeiros crimes, somente em 2018, a identidade do cidadão pode ter finalmente vindo à tona. O principal suspeito de ser o Assassino do Estado Dourado é Joseph James DeAngelo, que está hoje com 74 anos anos de idade. Ele deve ser condenado este ano à prisão perpétua, se os procuradores não insistirem na pena de morte.
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