Na liturgia cristão, o Santo Sudário (ou Sudário de Turim) é um tecido que teria envolvido o corpo de Jesus Cristo após sua crucificação
Publicado em 15/12/2024, às 11h00
Na tradição católica, artefatos são mencionados e extremamente valorizados pelas sacralidades e lendas em torno de si. O mais famoso é o Santo Graal, utilizado por Jesus Cristo na Última Ceia. Outros objetos relacionados à crucificação do messias, como seus pregos e a cruz, ou até mesmo a Lança do Destino, que perfurou Jesus, e o Santo Sudário, pano em que ele teria sido envolto após morrer, continuam a intrigar gerações.
Também conhecido como Sudário de Turim, este último pode ser encontrado na Catedral de Turim, na Itália. A princípio um mero pedaço de pano, chama atenção por apresentar o negativo da imagem de um homem, supostamente Jesus, que teria sido impresso na mortalha.
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No entanto, fato é que, até hoje, as relíquias são alvo de debates e narrativas, e por isso mesmo um artefato como o Santo Sudário é marcado pela controvérsia. E, uma curiosidade relevante sobre o objeto sagrado é que, no interior de São Paulo, há uma capela que guarda uma das raras réplicas conhecidas do manto.
Com pouco mais de quatro metros, a réplica do Santo Sudário está exposta no alto de uma capela da cidade de Itapetininga, localizada no terreno de uma organização assistencial. Chegou por aqui há mais de duas décadas, trazida por um casal de italianos que visitou a cidade.
Segundo reportagem de 2017 do g1, este artefato é uma das três réplicas do manto original, de Turim, que existem no mundo. Além do manto, vale acrescentar, o local também possui um quadro enviado pelo então arcebispo da Catedral de Turim, com uma representação do rosto que seria de Jesus.
No Brasil, o manto em questão foi objeto de estudo em várias pesquisas, que destacaram que, de fato, as marcas de sangue encontradas estão justamente nas partes do corpo que a Bíblia descreve como os mais feridos em Jesus: peito, cabeça, mãos e pés.
Segundo relatado na época pelo padre italiano José Sometti, então responsável pela capela, que faleceu em 2021, aos 86 anos, o casal que lhe entregou a réplica deu o presente após se encantar com a Associação Nossa Senhora Rainha da Paz (Anspaz), dona do terreno onde está a igreja. Criada em 1989, procura ajudar famílias carentes da região.