Hoje em dia, a imagem de Rosie é símbolo de liberdade e empoderamento. Mas nem sempre foi assim
Quando olhamos para a ilustração “We Can Do It!” estampada em camisetas, xícaras e acessórios, logo nos vem à mente uma mensagem de empoderamento. Entretanto, esse significado surgiu apenas na década de 1970, com o fortalecimento do movimento feminista.
CRIAÇÃO ORIGINAL
Enquanto a Segunda Guerra se desenrolava, mulheres precisavam suprir a falta de homens nas indústrias norte-americanas. Mas, devido ao estranhamento perante essa ideia, muitos cartazes foram produzidos para incentivar o trabalho feminino, retratando mulheres brancas, atraentes e de classe média como operárias e rebitadoras. Sabia-se que era temporário, e após a guerra elas voltariam aos seus papeis de donas de casa.
Foi aí que o designer gráfico J. Howard Miller resolveu criar uma representação de Rosie, a Rebitadora usando bandana vermelha, flexionando o braço e exclamando “We Can Do It!”, ou “Nós podemos fazer isso!” em português. O cartaz foi exibido por algumas semanas, em uma fábrica da Westinghouse Electric and Manufacturing Company, nos EUA.
Entretanto, esse não foi o pôster mais famoso da época. A Rosie que realmente fez sucesso foi uma pintura de 1943 feita por Norman Rockwell para a capa do Saturday Evening Post, que mostrava uma mulher musculosa comendo um sanduíche de presunto e pisando casualmente na frase “Mein Kampf”.
RESGATE DA OBRA
Uma vez concluída a guerra, as mulheres foram forçadas a deixar esses papeis. E a imagem de Rosie só foi retomada décadas depois, por mulheres feministas que queriam um símbolo de força visualmente atraente, mas não necessariamente ligado à guerra. E, por ser branca, a Rosie do pôster poderia atrair mais mulheres de classe média para a causa feminista.
Originalmente, Howard Miller criou Rosie para incentivar mulheres a trabalhar por patriotismo, ajudando seu país a vencer a guerra. Mas, hoje em dia, o símbolo tem a função de sugerir que as mulheres podem fazer o que quiserem.
Saiba mais sobre feminismo pelas obras abaixo:
Breve História do Feminismo, Carla Cristina Garcia, 2011
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