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Matérias / Ötzi

Relembre as recentes descobertas sobre Ötzi, o famoso 'homem do gelo'

Uma das mais famosas múmias da História, Ötzi, que viveu há 5.000 anos, foi encontrado nos Alpes; estudo divulgado em 2023 trouxe revelações

Redação Publicado em 01/01/2025, às 13h00

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A curiosa descoberta de Ötzi - Getty Images
A curiosa descoberta de Ötzi - Getty Images

Um estudo recente, publicado pelo Instituto Max Planck de Antropologia de Leipzig em 2023, trouxe instigantes informações sobre Ötzi, o homem mumificado que viveu há aproximadamente 5.000 anos nos Alpes.

As pesquisas indicam que sua pele era mais escura do que se imaginava anteriormente e que ele apresentava um quadro avançado de calvície.

As investigações genéticas realizadas por uma colaboração entre o Instituto Max Planck e o instituto italiano Eurac, com sede em Bolzano, revelaram que os ancestrais de Ötzi eram originários da Anatólia, na atual Turquia.

Perda de cabelo e pele

Os cientistas estimam que ele tinha cerca de 45 anos no momento de sua morte e suas características genéticas sugerem uma predisposição à perda de cabelo, o que explica a escassez de fios encontrados em seu corpo, repercutiu a AFP na época.

Segundo Albert Zink, coautor do estudo e pesquisador do Instituto Eurac, os pesquisadores inicialmente acreditavam que a tonalidade escurecida da pele de Ötzi resultasse da exposição prolongada à neve. Contudo, as análises divulgadas em 2023 sugerem que essa coloração pode ter sido a "cor original" da pele do homem pré-histórico.

Embora o genoma dos restos mortais de Ötzi tenha sido decodificado em 2012, o estudo atual utilizou métodos de sequenciamento mais avançados, permitindo um entendimento mais refinado das características genéticas do indivíduo.

Origens

Os resultados mostram que Ötzi possuía uma alta porcentagem de genes provenientes dos primeiros agricultores da Anatólia, evidenciando sua relação com uma população isolada e com pouco contato com outros grupos humanos da época.

Atualmente, acredita-se que a população europeia moderna é resultado da mistura de três grupos: os primeiros caçadores-coletores do continente, as comunidades agrícolas que migraram do Oriente Médio há cerca de 8.000 anos e os pastores das estepes do Leste Europeu que se integraram há aproximadamente 4.900 anos.

No entanto, a presença genética dos pastores das estepes identificada nas primeiras análises de Ötzi não foi confirmada neste novo estudo. A hipótese levantada pelos pesquisadores é a possibilidade de contaminação da amostra com DNA moderno.

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