Conheça Bryan Johnson, o homem que tenta desafiar os limites do envelhecimento e cuja história é retratada em novo documentário da Netflix
Publicado em 02/01/2025, às 19h00 - Atualizado em 03/01/2025, às 18h53
Bryan Johnson, empresário americano que chamou atenção nos últimos anos por sua busca pela "juventude eterna", é o protagonista do novo documentário da Netflix "O Homem que Quer Viver Para Sempre", lançado em 1º de janeiro.
Com uma rotina extrema e métodos pouco convencionais, Johnson atrai curiosidade e críticas enquanto tenta desafiar os limites do envelhecimento. Confira cinco fatos sobre ele:
Após vender sua empresa, a Braintree Venmo, ao PayPal por US$ 800 milhões em 2013, Johnson enfrentou uma década marcada por excessos e depressão. Insatisfeito com sua condição, decidiu reestruturar sua vida com base em algoritmos, adotando uma rotina rigorosa que inclui uma dieta meticulosa, exercícios intensos e monitoramento constante da saúde.
"O que eu disse sobre mim é: eu realmente acho que posso viver minha melhor vida sozinho?'", diz ele ao The Guardian, falando de sua casa em Los Angeles. "E eu decidi que, não, eu não posso. Eu simplesmente não tenho o que é preciso. Eu realmente preciso desse aumento."
Johnson se autodenomina "o ser humano mais comedido do mundo". De acordo com informações do portal The Guardian, ele é monitorado 24 horas por uma equipe médica que avalia tudo, desde seus níveis de colesterol até o comprimento dos telômeros, estruturas associadas ao envelhecimento celular.
Basicamente, rastreamos todas as publicações científicas sobre saúde e expectativa de vida — algo como 2.000 publicações", diz ele. "E pegamos cada estudo, aplicamos uma série de critérios a ele."
Também vale destacar que sua rotina inclui alimentação regrada. Duas das três refeições que o americano come todos os dias são exatamente as mesmas e contém brócolis cozido, couve-flor, cogumelos e alho. Ele também se alimenta de "pudim de nozes" feito de sementes de chia, nozes de macadâmia e frutas vermelhas.
Para atingir sua meta de “não morrer”,Johnson toma 54 comprimidos pela manhã, faz tratamentos de pele, terapia de luz vermelha, mantém um regime rigoroso de restrição calórica e prioriza o sono. Além disso, nunca sai à noite e não ingere álcool.
Apesar de seus métodos excêntricos, o bilionário abandona práticas que se provam ineficazes, como o uso de plasma de seu filho de 18 anos. Ele também chegou a tomar hormônio do crescimento humano, mas interrompeu a prática porque os possíveis efeitos colaterais eram muito flagrantes.
Apesar disso, muitos de seus protocolos são baseados em práticas científicas bem aceitas, como exercícios para melhorar o VO2 máximo (isto é, a medida da quantidade de oxigênio que uma pessoa consegue absorver durante um exercício aeróbico) e controle de biomarcadores.
Especialistas apontam que, embora Johnson melhore biomarcadores relacionados à idade, ele não altera a expectativa de vida máxima humana. Ele também enfrenta questionamentos sobre o impacto de sua obsessão em sua saúde mental e social, especialmente com sua interação constante com críticos nas redes sociais. Apesar disso, Johnson defende seu estilo de vida como um modelo de superação pessoal.
Além de buscar sua própria longevidade, Johnson quer compartilhar suas descobertas com o mundo. Ele planeja lançar uma versão simplificada e acessível de seu projeto Blueprint, além de comercializar produtos como azeite de oliva. Sua abordagem visa automatizar hábitos saudáveis, reconhecendo que a autodisciplina é um desafio em uma sociedade repleta de estímulos viciantes.
