Enganando até autoridades da Polícia norte-americana, ela impressionou pela audácia e pelo extenso histórico criminal
Publicado em 12/12/2022, às 19h00 - Atualizado em 09/08/2023, às 19h27
Em dezembro de 2017, uma coletiva de imprensa convocada pela Polícia da Flórida, nos Estados Unidos, buscava atualizar os veículos locais sobre um suposto serial killer que circulava na região. No quinto dia daquele mês, Howell Donaldson II, um estudante universitário de 24 anos, era preso suspeito de orquestrar assassinatos.
A população aflita mal esperava que, naquela ocasião, os olhos não se voltariam para as características do criminoso, mas sim, uma mulher que fazia frente durante as explicações do porta-voz da polícia. Derlyn Roberts estava ao lado de seu palanque, constantemente fazendo movimentos com as mãos enquanto ele detalhava a prisão e as pistas do caso.
Dando a entender que se tratava de uma intérprete de língua de sinais. Contudo, quem realmente contava com aquela tradução notou gestos completamente desconexos, sem nenhum significado.
Para analisar os movimentos da mulher, a rede norte-americana de televisão ABC convocou a professora da Universidade do Sul da Flórida, Rachelle Settambrino, que classificou os movimentos da moça como “apenas bobagens”, sem nenhum sentido: “Em certa parte do tempo, parecia que ela estava se comunicando, mas não usando sinais reais”.
Dessa forma, apontaram que os sinais eram falsos, iniciando um mistério sobre quem era a mulher, porque ela fez isso e como chegou até lá. Tal busca surpreendeu ainda mais as autoridades, revelando uma pessoa perversa por trás da cena ingênua que viralizou nos veículos de imprensa dos Estados Unidos.
Derlyn Roberts, a falsa intérprete, simplesmente entrou na delegacia onde o anúncio seria feito e não foi parada em nenhum momento, visto que a Polícia justificou que acreditava ser uma funcionária terceirizada, indicada pelo Estado apenas para fazer aquela tradução, dada a importância do caso.
Contudo, a rede americana CNN informou que uma a mãe de uma das vítimas do serial killer, que acompanhava o anúncio, também era surda, sendo uma das primeiras a indicar a inconsistência dos fatos ilustrados nos gestos. Denunciada, ela foi abordada por agentes de segurança logo após a suposta tradução.
Ao levantarem sua ficha criminal, descobriram que a mulher já havia sido presa diversas vezes por diversos delitos pequenos, chegando a cumprir pena na penitenciária estadual da Flórida, mas já liberta, como informou o portal BHAZ.
Contudo, a corporação reconheceu o erro e esclareceu que, devido ao fato de não cometer nenhum crime previsto no código penal estadunidense, ela não poderia ser indiciada, mas foi considerada culpada por violação ética ao invadir as imediações do local onde o anuncio seria feito.