Durante a corrida presidencial de 2016, a candidata prometeu abrir os arquivos, incluindo aqueles sobre a 'Área 51'
O ano era 2016 e os cidadãos estadunidenses viviam uma época agitada: o republicano Donald Trumpe a democrata Hillary Clinton disputavam o cargo presidencial da maior potência mundial, os EUA. E, claro, em um cenário como esse, é comum que as pessoas se deparem com novas promessas de campanha, uma vez que tudo é válido para se tentar conquistar eleitores.
No entanto, uma das propostas de Clinton acabou por gerar uma grande polêmica. Não se tratava de uma medida de caráter social ou militar, mas algo que poderia soar como um completo absurdo ou uma grande conquista, dependendo do ouvinte.
A promessa da candidata era nada mais, nada menos do que revelar os segredos da tão famosa, porém misteriosa, 'Área 51'.
Conforme repercutido pela BBC, o local, que fica no deserto de Nevada, funciona como uma base da Força Aérea dos Estados Unidos e possui um forte sistema de vigilância. E é justamente por esses esforços para manter as atividades realizadas em segredo que a Área 51 logo se tornou alvo de uma série de teorias da conspiração envolvendo a existência de 'extraterrestres'.
Para muitos aficionados em ufologia, o espaço seria destinado à pesquisa sobre discos voadores e alienígenas.
Todos os anos, inúmeros relatos de avistamentos de OVNIs (objetos voadores não identificados) surgem nos EUA, provocando discussões sobre a veracidade dos vídeos e fotos apresentados.
Mesmo com a grande popularidade do tema entre os americanos, o número de pessoas que acreditam na existência objetos voadores não identificados, é menor do que as que não acreditam.
“Se existe algo lá, a menos que represente uma ameaça à segurança nacional, eu acho que nós devemos compartilhar com o público”, disse Clinton sobre o local durante uma conversa com o apresentador Jimmy Kimmel, em 2016. “Espero fazer o máximo possível para tornar esse material público. Se não há nada lá, então vamos deixar que as pessoas saibam que não há nada lá”.
Segundo uma matéria do Jornal Nacional da época da campanha, a cada dez estadunidenses, seis eram céticos em relação ao tema. Ainda assim, Hillary Clinton considerou que a promessa de abrir os documentos secretos seria de grande interesse do público.
"Tem tanta história, não acho que todo mundo esteja inventando", declarou a candidata, que prometeu liberar "o máximo de informação possível".
Ainda segundo a reportagem, o ideia teria partido do coordenador de campanha da democrata, o advogado John Podesta. Ele, que foi conselheiro de Bill Clinton e também de Barack Obama, declarou, certa vez, que sua maior frustração durante os anos de atuação no meio político foi não revelar os arquivos sobre esses eventos estranhos.
Para o físico e ativista Stephen Bassett isso já é mais que sabido. "Muita gente no Pentágono, na CIA, na Casa Branca, no Congresso sabe disso e só não fala porque existe um embargo em nome da segurança nacional", afirmou. "Quando os documentos forem liberados, o mundo vai ser totalmente diferente. Podemos ter contato formal com os ETs em dois anos".
Mas há quem diga que tudo isso não passa de teoria da conspiração. No ano de 2016, o próprio presidente Obamadesmentiu a afirmação em uma entrevista: "Nós ainda não fizemos contato direto com alienígenas".