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Matérias / Europa

Pilastras do Ninfeu são vandalizadas durante quarentena na Albânia

O Patrimônio Mundial da UNESCO foi atirado de seus degraus, destruindo as colunas de mármore de mais de 2.500 anos

Wallacy Ferrari Publicado em 16/06/2020, às 09h47

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Coluna de mármore destruída na fonte monumental da antiga cidade de Apollonia - Himara
Coluna de mármore destruída na fonte monumental da antiga cidade de Apollonia - Himara

O famoso monumento histórico de Ninfeu, a fonte da antiga Apolônia, na Albânia, foi alvo de um crime durante o mês de junho, causando danos irreparáveis nas estruturas da instalação. Considerado Patrimônio Mundial da UNESCO, as autoridades locais acreditam que o ato ocorreu durante o cumprimento do isolamento social em decorrência da covid-19.

Rodeado de colunas de mármore, os vândalos empurraram as mesmas contra degraus — originalmente usados para realocar a água — e destruíram as estruturas criadas em 588 a.C. em segundos. O monumento, fundado por colonos de Corfu e Corinto, originalmente pertenceu ao território grego.

A fonte, antes dos episódios de vandalismo, com as colunas originais / Crédito: Carole Raddato / CC BY-SA 2.0

A destruição dos pilares antigos causou indignação na comunidade grega do Épiro do Norte, visto que o monumento representa uma parte da história albânica. O presidente da Albânia, Ilir Meta, condenou o ato que chamou de bárbaro e relacionou a retaliação a um movimento de “revisionismo histórico”.

Na época que foi construído, o Ninfeu representava uma série de grutas naturais consagradas às ninfas mitológicas situadas nas nascentes. Os historiadores sabem que essa era uma região autônoma e independente, que por muitos séculos floresceu devido ao seu rico interior agrícola e seu papel no comércio de escravos, até que foi incorporado ao Reino de Épiro e, mais tarde, ao Reino da Macedônia.