A aeronave, que levava soldados para realizar uma missão secreta no Vietnã, sumiu sem deixar vestígios
Em março de 1962, o voo 739, da companhia aérea Flying Tiger Line, partiu de uma base aérea na Califórnia, situada nos Estados Unidos, com destino ao Vietnã — contra o qual a potência norte-americana estava em guerra.
Dentro do avião, havia 107 passageiros: 11 civis e 97 militares. O destino dessas pessoas, no entanto, assim como da aeronave em si, permanece um mistério até os dias atuais. Isso pois ela nunca pousou na cidade vietnamita de Saigon, que era o previsto, e seus destroços também não foram encontrados apesar das inúmeras buscas.
Outro detalhe importante é que os soldados a bordo do voo estavam em uma missão militar de teor. O objetivo deles no Vietnã, aliás, prossegue sendo mantido em segredo pelas autoridades estadunidenses.
No decorrer do trajeto, o avião da Flying Tiger Line — empresa que fretava seus veículos para o exército dos EUA com frequência durante a Guerra Fria, tanto para o transporte de carga quanto de pessoas — estava previsto para fazer algumas paradas de abastecimento de combustível e manutenção.
A aeronave pousou em Honolulu (no Havaí), na Ilha Wake e no território insular de Guam. Depois disso, partiu na direção da base aérea de Clark, localizada nas Filipinas, onde faria um último abastecimento antes de alcançar sua destinação no Vietnã.
Em algum ponto entre Guam e Clark, no entanto, os operadores de rádio que acompanhavam a viagem misteriosamente perderam contato com os tripulantes do 739.
Após o voo militar ser oficialmente categorizado como desaparecido, as autoridades dos Estados Unidos iniciaram uma extensa operação para encontrar os restos do avião, que, segundo presumiram, teria caído no oceano Pacífico.
Segundo repercutido pelo The Sun, milhares de metros quadrados foram esquadrinhados pelas equipes de busca, mas não houve sucesso. "Não havia vestígios de nada", relatou Jennifer Kirk, a sobrinha de um dos profissionais que participou desses esforços, em entrevista ao veículo.
Já conforme informações divulgadas pelo UOL, uma das teorias mais aceitas para o que de fato aconteceu com a aeronave é que ela explodiu em pleno ar. Esse fim drástico explicaria, por exemplo, porque não houve tempo dos tripulantes comunicarem uma situação de emergência para as torres de controle antes de desaparecerem.
Um detalhe importante de se incluir aqui, aliás, é que o céu estava limpo e o mar calmo no dia em que o contato com o voo foi perdido, de forma que ele não poderia ter sido vitimado pelo mau tempo.
Sua suposta explosão, por sua vez, poderia ter sido ocasionada por uma operação de sabotagem — que poderia ter sido executada em alguma das paradas para abastecimento. Os Estados Unidos estavam, afinal de contas, em guerra com o Vietnã naquela época, e aquele avião carregava militares em uma missão secreta.
A explicação para o que realmente aconteceu com o voo 739 da Flying Tiger Line, contudo, nunca pôde ser confirmada. Na falta de respostas, restou à família das vítimas lamentar suas perdas.
A maior parte dos soldados norte-americanos falecidos durante a Guerra do Vietnã (1955 - 1975) têm seus nomes registrados em um monumento localizado na cidade de Washington, capital dos EUA, mas os presentes dentro da aeronave desaparecida por muito tempo não tiveram uma homenagem desse tipo devido ao seu fim incerto.
Foi apenas em 2021, 59 anos após o enigmático episódio, que eles ganharam seu próprio memorial. Ele foi instalado pela Wreaths Across America (WAA), uma organização sem fins lucrativos, na cidade de Columbia Falls, conforme explicado naquele ano pelo portal Aeroin.net.