Na última sexta-feira, 14, uma interessante teoria sobre o tema foi publicada na revista Patterns
Você certamente já se questionou algum dia sobre o porquê de sonharmos e, principalmente, qual a razão de termos sonhos tão bizarros às vezes. Seria uma atividade sem propósito ou haveria algum motivo para tamanha estranheza? Essas questões foram teorizadas por um estudo recentemente publicado na revista Patterns.
O responsável pela pesquisa, o neurocientista Erik Hoel, da Universidade Tufts, nos Estados Unidos, apresentou em um comunicado a teoria que poderia explicar isso.
O cientista elaborou a chamada teoria do "cérebro superdimensionado" ou "superajustado", termo semelhante ao conceito de sobreajuste ou superajuste de máquinas.
“Se você observar as técnicas que as pessoas usam na regularização do aprendizado profundo, verá que muitas vezes essas técnicas têm algumas semelhanças impressionantes com os sonhos,” disse Hoel.
Conforme explica o pesquisador, durante o treinamento de uma inteligência artificial, cientistas adicionam um determinado "caos" aos dados para que aquela tecnologia tenha contato com informações para além das previamente processadas. Isso serve para que a máquina aprenda a lidar com situações inesperadas.
Segundo Hoel, o mesmo ocorreria com os seres humanos. Para ele, os sonhos podem ser uma forma que nosso cérebro encontrou para nos apresentar experiências caóticas e, desta maneira, aprendermos a lidar com ocorrências inesperadas de nosso cotidiano.
“É a própria estranheza dos sonhos, que difere da experiência de quando estamos acordados, o que lhes confere sua função biológica”, afirmou.
"A vida é entediante às vezes. Os sonhos existem para impedir que você se ajuste demais ao modelo do mundo", acrescentou o autor do estudo.
De acordo com Hoel, há evidências científicas que corroboram sua tese. Uma pesquisa afirma que uma maneira de provocar um sonho é realizar uma mesma tarefa repetida vezes enquanto acordado.
A reação de nosso cérebro é, prontamente, criar uma fantasia durante o sono sobre aquela atividade, da mesma forma que os cientistas fazem com inteligências artificiais.
O neurocientista defende que é possível testar sua teoria com testes comportamentais, os quais deveriam encontrar diferenças entre o "ajuste" realizado por nosso cérebro, o processo de memorização e o efeito da privação de sono.
Para Hoel, outros fatores externos, como as séries de televisão que as pessoas costumam assistir, poderiam agir como "substitutos" dos nossos sonhos. Por esse motivo, ele acredita na possibilidade de se desenvolver maneiras de reduzir os efeitos da privação de sono.
"Obviamente, há um número incrível de teorias sobre o porquê de sonharmos", disse o pesquisador. "Mas eu queria chamar a atenção para uma teoria dos sonhos que leva o sonho muito a sério – que diz que a experiência dos sonhos é a razão de você estar sonhando."
Leia o comunicado completo aqui.
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