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Matérias / Curiosidades

O maior tubarão que já existiu: 5 curiosidades sobre o assustador Megalodon

Conheça particularidades sobre o animal extinto, que aterrorizava os oceanos há milhões de anos

Giovanna de Matteo Publicado em 25/08/2020, às 12h53

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Cena não realista do filme Megatubarão (2018) - Divulgação
Cena não realista do filme Megatubarão (2018) - Divulgação

O megalodon, ou megalodonte, é uma espécie antiga de tubarão que viveu há aproximadamente 3,6 milhões de anos atrás. É considerado um dos maiores e mais ameaçadores predadores marinhos que já existiu. Acredita-se que sua aparência, apesar de incerta, se assemelha com a de um tubarão branco, porém maior e mais robusto.

Confira 5 fatos curiosos sobre o antigo gigante dos mares.

1. Um predador de assustar

Não é a toa que seu nome científico (Carcharocles Megalodon) signifique "dente grande". A maioria das estimativas de tamanho do megalodonte é analisada a partir de seus dentes, que podiam chegar a mais de 17 centímetros de comprimento. Além de enormes, eram grossos e preparados para capturar presas e quebrar ossos.

Estima-se que suas vítimas variavam entre baleias, focas e até tartarugas-marinhas. O Megalodon as atacava usando suas mandíbulas, que rompiam a cavidade torácica e perfuravam o coração e os pulmões de suas presas.

Modelo das mandíbulas do Megalodon / Wikimedia Commons

2. Habitat

O megalodonte tinha uma distribuição cosmopolita, o que significa que poderiam ser encontrados animais desse tipo em praticamente qualquer lugar do mundo. Fósseis do tubarão foram revelados em muitas partes do mundo, incluindo Europa, África, Américas e Austrália. Sendo comumente achados em regiões subtropicais.

O megalodon habitava uma ampla diversidade de ambientes marinhos, incluindo águas costeiras rasas, áreas de ressurgência costeira, lagunas costeiras pantanosas, litorais arenosos e ambientes de águas profundas costeiras, além de exibir um estilo de vida transitório.

Réplica do esqueleto do megalodon / Wikimedia Commons

3. Extinção 

Cientistas advertem que a extinção do Megalodon pode ter sido causada no período da Era Glacial. Já que esses tubarões viviam em águas mais quentes, acredita-se que o resfriamento oceânico e a redução do nível do mar fez com que esses gigantes perdessem áreas adequadas para procriação e berçário.

Além disso, uma redução na diversidade de misticetos (baleias) e uma mudança na disposição desses animais, que migraram para regiões polares na época, pode ter reduzido a principal fonte de alimento do megalodon. 

A extinção do megalodonte também pareceu afetar outros animais, como, as baleias, que acredita-se que se tornaram animais maiores após seu desaparecimento. Todavia, a causa exata da extinção é um mistério.

4. O mito maia 

Um estudo de 2016, da James Madison University (EUA), comprovou que esse animal já era reconhecido pelos humanos há muito tempo. Uma das mais conhecidas referências antigas a esse animal se constitui num mito maia chamado Sipak. Esses povos criaram histórias ao redor dos dentes enormes de megalodons que eles achavam nas costas marinhas.

Os maias decoravam seus templos com esses dentes, do qual eles achavam ser de uma criatura chamada Sipak: um monstro com uma cauda bifurcada, mandíbulas serrilhadas e um único dente grande na frente. Segundo o estudo, a criatura foi inspirada nos megalodontes.  Sarah Newman, condutora do estudo afirmou que os maias "estavam combinando evidências físicas que encontravam com mitos que eles também consideravam reais, entendendo o mundo dessa maneira."

5. Megatubarão: o filme

O filme Megatubarão, lançado em 2018, conta a história da tripulação de um submarino que fica presa dentro de uma fossa profunda no Oceano Pacífico, onde é atacada por um megalodon. 

O filme, apesar de ter se inspirado na saga do tubarão pré-histórico, apresenta a hipótese de que o animal ainda viveria sobre as profundezas do oceano, ideia que já foi refutada e tida como impossível. O Megalodonte não teria uma fonte de alimento grande o suficiente para sobreviver no fundo do mar.

Pôster do filme Megatubarão / Divulgação


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