Com 44 anos de idade, Peter Skyllberg surpreendeu a Suécia vivendo com poucos alimentos — e fumando todos os seus cigarros
Dias depois do término de uma intensa temporada de neve, um grupo de esquiadores decidiu realizar uma trilha em uma região montanhosa perto da cidade de Umeå, na Suécia. Aproveitando um canal onde, antes da neve, existia um caminho de terra batida, os montanhistas seguiram o trajeto com uma moto snowmobile.
No meio do caminho, no entanto, de surpreenderam com um acréscimo de neve, respeitando o formato de um carro SUV. Curiosos, cavaram cerca de um metro de neve, localizando um carro e, ao fundo, um saco carregando algo semelhante a um corpo humano. De acordo com um policial local, Ebbe Nyberg, o susto ocorreu quando, ao tentar abrir a porta, o saco começou a ser retirado, de dentro para fora.
No banco de trás, saía Peter Skyllberg, com 44 anos de idade, extremamente pálido, esfomeado e com muita dificuldade de se locomover e formar frases. De acordo com o The Guardian, um dos resgatadores manifestou surpresa com a descoberta: "É incrível que ele esteja vivo, considerando que não tinha comida, mas também porque tem estado muito frio por algum tempo depois do Natal."
Azarado demais
Na época em crise, o homem saiu de sua casa, em Karlskoga, onde trabalhava para um homem numa cidade siderúrgica, morando provisoriamente em um apartamento emprestado. Nos meses anteriores, havia tentado investir no ramo imobiliário, mas se endividou e acumulou um débito negativo de 150 mil euros. Buscando oportunidades em cidades vizinhas, ainda deu o azar de ficar preso na neve.
De acordo com os registros meteorológicos desde a última aparição de Peter, o mesmo enfrentou, durante dois meses, temperaturas que chegaram a -30°C. O homem estava preparado para qualquer problema que ocorresse com o caro, com sacos de dormir, botas apropriadas e até uma pequena quantidade de comida, mas não esperava ter o carro encalhado no gelo.
Um dos principais fatores que auxiliaram o homem foram os cigarros; de acordo com uma comerciante entrevistada pelo The Telegraph, Peter comprou muitos cigarros em uma venda próxima antes de sumir do mapa. Com a temperatura corporal instabilizada com a fumaça quente, o cigarro ainda possibilitava o derretimento da neve, evitando o bloqueio completo da entrada de oxigênio.
Depois do resgate
A polícia conseguiu concluir que, após o fim dos suprimentos, o homem passou a comer neve e reestabelecer a temperatura corporal com o tabagismo. Na grande maioria do tempo, ficava parado, evitando gastar energia e oxigênio. Assim que encontrado, foi tratado em um hospital universitário da região e recuperou a consciência ainda na primeira semana.
Consultado pelo The Guardian, o diretor do Noorland's University Hospital, dr. Ulf Segerberg, explicou que o homem se manteve vivo pelas condições de aquecimento do carro com a neve em volta, criando uma camada de proteção, e acrescentou que “dois meses seria o limite máximo” da sobrevivência humana sem comida.
A sugestão de que o homem hibernou foi desacatada pelo médico, descartando a hipótese de que, com menos temperatura, o homem gastou menos energia: "Não podemos baixar muito a temperatura corporal. Um pouco podemos, mas se baixarmos a temperatura corporal mais do que um pouco, perdemos a consciência e entramos em coma”.
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