Parece improvável, mas sim, já foi possível comprar Big Macs em meio a uma viagem de trem
Inovar sempre envolve riscos. Todavia, quando se fala de grandes empresas, é de se esperar que seus donos saibam o que estão fazendo. Não foi o que aconteceu com o McDonald’s nos anos 90, quando a marca de fast-food investiu em um projeto que rapidamente se mostrou um fracasso.
Tratava-se do McTrain, um vagão-restaurante que foi transformado para servir batata frita e Big Macs. Caso o experimento já não fosse curioso o suficiente, ainda é preciso dizer que o serviço funcionou não só nos Estados Unidos, mas sim na Alemanha, inusitadamente. O episódio foi relembrado pelo site The Drive em texto de 2020.
Início
A ideia concretizou-se através de uma parceria da lanchonete do palhaço com uma empresa de transporte alemã chamada Deutsche Bahn, que estava interessada em terceirizar a alimentação que oferecia durante as viagens de trem. O projeto passou a ser testado a partir de 1993, em uma linha que cruzava o país de ponta a ponta.
Logo, dois vagões foram customizados e preenchidos por máquinas de café, fritadeiras, e os ingredientes pré-prontos já conhecidos do McDonald’s. Eram oferecidos dois cardápios diferentes aos passageiros: o de café da manhã, e o de almoço/jantar. Dentro dos vagões-restaurante, havia 27 lugares onde era possível comer sentado, e mais 8 para quem não ligasse de fazer suas refeições em pé.
Segundo o fórum alemão Drehscheibe Online, era possível ainda fazer pedidos para garçons que andavam pelos vagões da primeira e segunda classe, caso os passageiros não quisessem andar até a parte do trem onde estava localizada a lanchonete.
Todavia, como a ausência de McTrains nos dias de hoje pode nos dizer, a ideia acabou se provando fiasco, com o restaurante fast-food não sendo capaz de se adaptar aos trilhos.
Ladeira abaixo
Houve uma série de razões para tanto: desde problemas logísticos até mudanças de hábitos da população alemã, como o fato de as viagens de avião estarem tornando-se mais populares que as de trem.
De acordo com o The Drive, os alemães também estavam acostumados com uma alimentação de maior qualidade durante suas viagens de trem, o que não combinava com o conceito de rapidez e preço baixo oferecido pelo McDonald's.
Assim, a marca teve dificuldades conseguindo lucro com o projeto, que é, afinal, o fim último de qualquer negócio. Além de o restaurante de fast-food terminar usando o dobro de energia que aquele que havia substituído, ele ainda enfrentou problemas relativos ao gerenciamento de estoque, que, devido ao espaço limitado, precisava ser constantemente reabastecido.
Também mostrou-se mais complicado coordenar funcionários. Considerando que os turnos terminavam antes do fim do projeto, por exemplo, com a equipe sendo substituída pelo grupo da tarde, era responsabilidade do McDonald’s pagar pela viagem de volta do primeiro grupo.
Além disso, a pontualidade passou a ser fundamental - atrasos poderiam significar perder a partida do trem, afinal, comprometendo o desempenho da cozinha do palhaço durante as próximas horas.
Assim, todo o projeto acabou sendo finalizado após dois anos de duração, saindo dos trilhos alemães para entrar nas curiosidades do passado do restaurante do palhaço.
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