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Matérias / Mamonas Assassinas

Mamonas Assassinas: Relembre quem é quem na banda que marcou época

Grupo que marcou uma geração terá história contada em filme que será lançado no próximo dia 28; saiba mais sobre a trajetória dos integrantes dos Mamonas Assassinas!

Fabio Previdelli
por Fabio Previdelli
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Publicado em 16/12/2023, às 09h00 - Atualizado em 18/12/2023, às 18h57

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Os membros reunidos em um ensaio para o encarte do álbum - Divulgação
Os membros reunidos em um ensaio para o encarte do álbum - Divulgação

Misturando o pop rock com o brega, heavy metal, forró e até mesmo música mexicana e vira, os Mamonas Assassinas se tornaram um fenômeno na década de 1990. O único álbum gravado pela banda, lançado em junho de 1995, vendeu mais de 3 milhões de cópias no Brasil. 

O sucesso, porém, durou cerca de sete meses. Em 2 de março de 1996, os integrantes foram vítimas de um acidente aéreo fatal sobre a Serra da Cantareira, quando voltavam de uma apresentação em Brasília. 

+ Por que muitos acreditam que os Mamonas previram o acidente fatal?

Mesmo após 27 anos da tragédia, o legado dos Mamonas Assassinas continua vivo. No próximo dia 28, a banda terá sua trajetória retratada no filme 'Mamonas Assassinas — O Impossível Não Existe'.

A cinebiografia, vale ressaltar, não abordará a tragédia, mas sim as várias tentativas frustradas do grupo para conseguir mostrar que poderia ser a próxima grande banda do país.  

Antes da estreia da produção, relembre quem é quem na banda que conquistou o coração dos brasileiros e faz parte da história do Brasil. 

De Utopia a Mamonas

Embora os Mamonas Assassinas tenham feito sucesso no ano 1995, a história da banda é muito mais antiga, iniciada em março de 1989. Na ocasião, Sérgio Reis de Oliveira (o Sérgio Reoli) conheceu Maurício Hinoto quando começou a trabalhar em uma empresa de máquinas de escrever. 

Maurício, ao saber que Sérgio era baterista, decidiu apresentá-lo a seu irmão Alberto (o Bento Hinoto) que era guitarrista. Os dois logo fizeram amizade e decidiram formar uma banda. Até aquela época, Samuel Reis de Oliveira (o Samuel Reoli), irmão de Sérgio, não se interessava por música, mas como alguns ensaios aconteciam em sua casa, logo passou a tocar baixo elétrico. 

Assim surgia o grupo Utopia, que tocava covers de bandas famosas de rock, como Legião Urbana, Titãs e Paralamas do Sucesso, aponta Eduardo Bueno em 'Mamonas Assassinas: Blá, Blá, Blá — A Biografia Autorizada'.

Apresentação do Utopia em Guarulhos/ Crédito: Arquivo histórico municipal de Guarulhos

Em 1990, a banda Utopia se apresentou no Parque Cecap, um conjunto habitacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. Quando o público solicitou o cover de "Sweet Child o' Mine", do Guns N' Roses, nenhum deles sabia a letra e acabaram sendo salvos por Alecsander Alves (o Dinho) que também não sabia, mas conquistou o público com sua performance e improvisação. O Utopia havia ganho um vocalista. 

Ainda naquele ano, o tecladista Márcio Araújo entrou na banda. Por não conseguir conciliar sua vida acadêmica com o hobby, porém, ele acabou não ficando muito tempo com o conjunto e é lembrado por muitos como "O Sexto Mamonas"

O último integrante a entrar no Utopia foi Júlio Cesar Barbosa (o Júlio Rasec). Amigo de Dinho, Rasec o ajudava nas canções covers em inglês e ainda servia como percussionista. Além disso, resgata matéria da Época SP, quando necessário, Júlio também realizava o conserto de fios e cabos dos equipamentos da banda. 

Nos meses seguintes, a banda Utopia passou por uma reformulação: ao notarem que as brincadeiras e paródias que faziam nos ensaios eram bem mais aceitas pelo público, o grupo acabou mudando seu estilo musical. Adotando ares mais cômicos. 

Assim, com a ajuda dos produtores Rick Bonadio e Rodrigo Castanho, os músicos gravaram em outubro de 1994, duas canções: 'Mina (Minha Pitchulinha)', que viria mais tarde a ser conhecida como 'Pelados em Santos'; e 'Robocop Gay'

A partir dali, o Utopia deixava de existir e passava a se chamar Mamonas Assassinas — nome de duplo sentido foi escolhido após várias sugestões dadas pelos integrantes. Os nomes iam desde 'Os Cangaceiros de Teu Pai' e 'Tangas Vermelhas' até 'Coraçõezinhos Apertados' e 'Um Rapá da Zé'. 

Em abril de 1995, os Mamonas Assassinas fecharam um contrato com a gravadora EMI e, em maio, os integrantes partiram para Los Angeles para gravar o único álbum da banda — 'Mamonas Assassinas' foi lançado no dia 23 de junho de 1995. Veja quem é quem na banda!


Dinho, vocalista (24 anos)

Nascido em Irecê, na Bahia, em 5 de março de 1971, Alecsander Alves Leite (Dinho) se mudou para Guarulhos com os pais quando tinha apenas dois meses de vida. Dinho começou a cantar ainda na infância, no coral infantil da Igreja. Desde dessa fase da vida, já era conhecido por seu carisma e irreverência. 

Dinho, vocalista dos Mamonas/ Crédito: Reprodução

Quando completou o segundo ano do segundo grau, Dinho decidiu abandonar os estudos, repercute o portal Som 13. O vocalista conheceu os outros integrantes da banda Utopia quando o grupo se apresentou em Guarulhos, em julho de 1990. Dinho tinha apenas 24 anos quando a tragédia vitimou os Mamonas Assassinas.


Bento Hinoto, guitarrista (25 anos)

Filho de Shizuo e Toshiko Hinoto, Alberto Hinoto (Bento Hinoto) nasceu em Itaquaquecetuba em 7 de agosto de 1970. Seu contato com a música aconteceu aos 14 anos, quando ganhou seu primeiro violão. Anos depois, foi presenteado pela mãe com uma guitarra vinda do Japão, o que lhe fez ter uma paixão e dedicação maior pelo instrumento. 

Bento Hinodo, guitarrista dos Mamonas/ Crédito: Arquivo Pessoal

Único dos Mamonas Assassinas a ter frequentado a universidade, cursando física por alguns períodos, Bento foi um dos fundadores do Utopia ao lado de Sérgio Reoli, em março de 1989. Ele tinha apenas 25 anos quando faleceu.


Sérgio Reoli, baterista (26 anos)

Nascido em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, em 30 de setembro de 1969, Sérgio Reis de Oliveira (Sérgio Reoli) era apaixonado por bateria e se inspirava em grandes bandas nacionais e internacionais, como Barão Vermelho, Red Hot Chili Peppers, Titãs, Rush e Paralamas do Sucesso. 

Sérgio Reoli, baterista dos Mamonas/ Crédito: Divulgação

Sérgio é um dos fundadores do Utopia, banda que iniciou com o Bento, que era irmão de um de seus colegas de trabalho em uma empresa de máquina de escrever. Tido como um dos maiores piadistas do grupo, ele tinha 26 anos quando morreu.


Júlio Rasec, tecladista (28 anos)

Júlio César Barbosa (Júlio Rasec) nasceu em Guarulhos em 4 de janeiro de 1968. Embora tímido em sua infância, Júlio era visto como um 'mini gênio', segundo a biografia de Eduardo Bueno. Afinal, aos quatro anos ele já havia aprendido a ler e escrever, e também ficou conhecido por sempre terminar as atividades escolares antes dos colegas e usar o tempo livre para conversar enquanto os outros estudavam. 

Júlio Rasec, tecladista dos Mamonas/ Crédito: Divulgação

Fã de sertanejo raiz, ganhou uma viola de seu pai quando pequeno, mas trocou o instrumento por um tecladinho anos depois. Júlio conheceu Dinho através da amizade de sua irmã caçula com o primo do vocalista.

Rasec começou como roadie na banda Utopia e virou o tecladista do grupo após a saída de Márcio Araújo. Além do mais, ele se tornou o principal compositor dos Mamonas Assassinas ao lado de Dinho. Ele tinha 28 anos quando o acidente aconteceu.


Samuel Reoli, baixista (22 anos)

Irmão mais novo de Sérgio Reoli, Samuel Reis de Oliveira (Samuel Reoli) nasceu em São Paulo em 11 de março de 1973. Samuel nunca gostou tanto assim da música, preferia desenhar aviões. Ele ainda trabalhou como office boy e em uma fábrica de radiadores antes de seguir o rumo musical. 

Samuel Reoli, baixista dos Mamonas/ Crédito: Divulgação/Simone Portela

Samuel só passou a se interessar pelo baixo quando Sérgio e Bento passaram a fazer ensaios em sua casa. Caçula do grupo, Samuel Reoli tinha apenas 22 anos quando o acidente aéreo vitimou os Mamonas Assassinas em 2 de março de 1996.