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Matérias / Segunda Guerra

Como fazer sorvete com um caça? Pilotos americanos da Segunda Guerra descobriram

No calor do Pacífico, sem refrigeração, os pilotos na Marinha Americana chegaram a uma genial solução

Mariana Ribas Publicado em 02/09/2019, às 06h00 - Atualizado às 09h00

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Crédito: Reprodução
Crédito: Reprodução

No final de setembro do ano de 1944,  em Pelileu, uma ilha de arquipélago natural na Micronésia que foi local de batalha entre o EUA e Japão na Segunda Guerra Mundial, estavam presos os fuzileiros do esquadrão de caça da Marinha dos Estados Unidos e como não tinham nada no momento para fazer, surgiu a grande ideia de fazer um sorvete, mas de um modo bem incomum.

Estavam em uma ilha tropical, sem comida fresca e sem nenhum meio de refrigeração, foi quando o comandante do esquadrão J. Hunter Reinburg teve a iseguinte ideia para o sorvete: cortar as extremidades de um tanque de guerra antigo, amarra-lo com um fio e montar um painel de acesso ao lado.

No painel montado, tinha uma lata á prova d’água com balas de calibre 50 dentro dela. Foi então que despejaram a mistura de leite e cacau em pó, mas sem as balas, é claro. E no fim, levaram a uma altura suficiente para congelar o sorvete caseiro.

A aeronave Vought F4U Corsair, voava, atacava e fazia sorvete / Crédito: Reprodução/Coleção Hans Groenhoff 

Ele vôou aproximadamente 33.000 pés sobre a cidade, registrado como um teste do sistema de oxigênio. Porém, quando chegou lá em cima, houve um problema: haviam japoneses tentando atingi-lo, quando voltou ao chão a mistura estava fria, mas não congelada como deveria ser. Provavelmente pelo aquecimento do motor. Mesmo assim, devoraram a mistura de sorvete aguado.

Então na segunda tentativa de fazer um sorvete exótico, eles registraram como voo de teste de superalimentador, colocaram as munições nas asas, longe do motor. Quem sabe o nome adequado tenha dado sorte. Desta vez, voilà: dez litros de sorvete cremoso de chocolate.

Esses vôos da missão sorvete para os fuzileiros se tornou corriqueira. Até um oficial de operações do grupo, chamado Coronel Caleb Bailey ligou para Reinburg e disse: “Escute, caramba, vocês não estão me enganando. Eu tenho espiões. Diga que eu vou lá amanhã e pegue minha ração”.

Eles não foram os únicos fuzileiros navais e produtores de sorvete durante a Segunda Guerra Mundial. Na Europa também tiveram casos parecidos, que trouxeram sorvete das operações, segundo o New York Times em 1943.