A erupção matou cerca de 2 mil pessoas em Pompeia e Herculano, na Itália, mas muitos conseguiram fugir a tempo
Um estudo publicado na revista Analecta Romana, mostra para onde foram os sobreviventes da erupção do Monte Vesúvio, que ocorreu em 79 d.C..
Entre 15 e 20 mil pessoas viviam nas cidades italianas de Pompeia e Herculano na época. A famosa erupção — ocorrida durante a madrugada, enquanto quase todos dormiam na cidade — matou cerca de 2 mil pessoas nos povoados vizinhos, mas a maioria dos habitantes conseguiu sobreviver e precisou buscar abrigo após a tragédia.
O líder do estudo, o pesquisador Steven Tuck, professor e diretor de clássicos da Universidade de Miami em Oxford, Ohio, conta em seu artigo que os sobreviventes não foram para muito longe. A maior parte permaneceu ao longo da costa sul da Itália, nas comunidades de Cumae, Nápoles, Ostia e Puteoli.
Tuck fundamentou sua pesquisa na análise de documentos, inscrições, artefatos e antigas infraestruturas. Ele criou um banco de dados de nomes de família de Pompeia e Herculano e verificou se esses nomes apareceram em outro lugar após a erupção.
Um cofre, previamente encontrado em escavações, foi essencial para a análise de Tuck. “Fora dos muros de Pompeia, os arqueólogos descobriram uma caixa forte, semelhante a um cofre, cheia de registros financeiros”, escreveu ele.
Os documentos deste cofre detalhavam várias décadas de empréstimos financeiros, dívidas e propriedades imobiliárias, levando o pesquisador a identificar membros da família Sulpício, que buscou refúgio na comunidade Cumae.
“As cidades Pompeia e Herculano foram embora, mas o governo construiu novos bairros, aquedutos e edifícios públicos em comunidades onde as pessoas se instalaram”, finalizou Tuck.