Um dos métodos usados pelos nazistas eram as câmaras de gás, que permitia um extermínio de prisioneiros mais barato e eficiente
Durante a Segunda Guerra Mundial, um dos métodos mais usados por oficiais nazistas para exterminar prisioneiros — principalmente judeus — eram as câmaras de gás. Mas nem sempre foi assim, até 1941, pequenos grupos eram trancados em caçambas seladas de caminhões de transporte e lá agentes da SS despejavam gases de monóxido de carbono que saiam do escapamento do veículo.
Com o passar do tempo, os veículos foram substituídos por salas trancadas e o gás foi trocado por pesticidas, que eram bem mais baratos e eficazes. A técnica foi usada pela primeira vezm em agosto de 1941. Os escolhidos foram um grupo de prisioneiros russos. Para evitarem acusações de crimes de guerra, o exército de Hitler passou a queimar esses corpos — além do extermínio em massa ser mais rápido, ele não deixava vestígios.
As vítimas eram selecionadas a dedo: crianças, idosos, pessoas com limitações físicas ou todas aqueles que não tinham condições de trabalhar nos campos de concentração já tinham seus destinos selados. Com a desculpa de que seriam encaminhados para tomarem banho e receberem roupas limpas, os escolhidos estavam diante de seus últimos segundos de vida.
O pesticida usado era o Zyklon B. Feito à base de ácido cianídrico, cloro e nitrogênio, o veneno era muito usado para eliminar piolhos e insetos dos presos. Em Auschwitz, por exemplo, apenas 5% da remessa do produto foi usado nas câmaras de gás. Cientistas nazistas também conseguiram manipular quimicamente o produto para ele não emitir odor — com o intuito de não causar desespero nas vítimas.
Cada câmara de gás tinha, ao lado de fora, uma sala onde eram instalados os equipamentos para ativação e exaustão do gás. O Zyklon era inserido em compartimentos de metal, onde era aquecido e dispersado pelo vapor. Após passar meia hora da vaporização, quando todos os prisioneiros já estavam mortos, exautores sugavam o gás das câmaras e os corpos eram recolhidos.
As câmaras de Auschwitz comportavam até 800 pessoas. Caso houvesse lotação do espaço, os excedentes eram executados a tiros. Conforme o gás entrava nas salas, as pessoas se amontoavam nas portas, na esperança de conseguirem escapar. Mas qualquer esforço era inútil. Pelo desespero, não era incomum que crianças e idosos fossem esmagadas em meio ao caos.
As câmaras eram interligadas para facilitar o curso no deslocamento dos corpos. Geralmente, elas eram construídas em subsolos, o que facilitava esse procedimento. Os prisioneiros que eram obrigados a auxiliarem nesse processo ficaram conhecidos como sonderkommando. Eles vivam no mesmo piso onde os extermínios aconteciam e eram isolados dos outros trabalhadores do campo.
O pesticida atacava o sistema respiratório, impedindo as vítimas de respirarem. Assim, elas eram mortas por sufocamento após sofrerem crises convulsivas, sangramentos e a perda das funções fisiológicas. Em média, após a inalação do Zyklon B, os prisioneiros demoraram 20 minutos para sucumbirem — a morte era lenta e dolorosa.
Após as execuções, os sonderkommando ficavam encarregados de limparem as câmaras. Eles arrastavam os cadáveres para fora das câmaras, cortavam os cabelos das vítimas e também aproveitavam a ocasião para examinarem a arcada dentária dos mortos — em busca de dentes de ouro ou qualquer outro objeto de valor escondido.
Depois disso, os corpos eram levados para fornos gigantes. Até setembro de 1942, alguns corpos eram enterrados em valas comuns, mas após implementada essa técnica de carbonização, eles foram desenterrados e queimados entre setembro e novembro de 1942.
Alguns ossos não eram completamente queimados, por isso, eram moídos e pulverizados juntos com as cinzas nos rios Soła e Vístula, ou em lagoas próximas. Em alguns casos, as cinzas eram espalhadas pelos os campos como fertilizantes e até mesmo usados como aterros em terrenos irregulares e em pântanos. Historiadores e especialistas estimam que seis milhões de pessoas foram mortas durante o Holocausto.
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