Para coroar um sultão favorável aos seus interesses, a Coroa Britânica bombardeou o palácio da pequena ilha por pouco mais de meia hora. Foi o suficiente
No final do século 19, em 27 de agosto de 1896, teve início a Guerra Anglo-Zanzibari, finalizada em… 27 de agosto de 1896. O conflito, que, inclusive, consta no Livro dos Recordes como a guerra mais curta da história, durou apenas 38 minutos.
Tudo aconteceu quando o então sultão do Zanzibar, Hamid bin Thuwaini, morreu subitamente em 25 de agosto daquele ano. O pequeno país, numa ilha a leste da África, estava sob domínio inglês à época e a metrópole havia determinado, por meio de um tratado assinado uma década antes, que o novo sultão só poderia chegar ao trono com autorização do consulado britânico.
O herdeiro mais próximo era o sobrinho do antigo governante, Khalid bin Barghash. No entanto, ele não passava pelo crivo da metrópole, que preferia Hamoud bin-Mohamed Al-Said, sultão de Omã.
Barghash não se importou e se refugiou no palácio. Os britânicos, posicionando seus navios e tropas na costa e no porto, deram um ultimato. Ou o autoproclamado sultão saía até as nove horas do dia 27, ou o bombardeio começava. Esse era o modus operandi da Marinha Real e algo parecido aconteceu, inclusive, no Brasil: a Questão Christie.
Colocando a guarda palaciana e alguns civis armados para defendê-lo, totalizando aproximadamente 2800 homens, Barghash se recusou a deixar o palácio. Quando o horário passou, os britânicos entenderam como uma causa justa para a guerra — uma casus belli, em jargão diplomático.
Às nove horas e dois minutos, o bombardeio se iniciou. Meros 38 minutos depois, o palácio estava destruído, 500 dos homens do sultão foram mortos e o próprio fugiu, buscando asilo no consulado alemão antes de deixar o país.
Hamoud bin-Mohamed Al-Said, o preferido dos bretões, foi instantaneamente colocado como sultão. Ele aboliu a escravidão no país, o que lhe rendeu algumas condecorações por parte da própria Rainha Vitória, entre elas, inclusive, o título de Sir. Porém, Zanzibar, antes um Estado mais independente (apesar da já forte influência inglesa) tornou-se, de fato, apenas um fantoche da Coroa.
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