Um ano após a morte súbita da mulher, o vietnamita roubou a ossada e com ela construiu uma estátua macabra
Em 1975, Le Van casou-se em um matrimônio arranjado com Pham Thi Suong. O casamento, que de início, era algo forçado, logo se tornou uma relação de muito amor. Tanto sentimento que excedeu até mesmo os limites da morte.
Do relacionamento nasceram sete filhos, que viviam junto aos pais na província de Quang Nam, no Vietnã. A situação da família era precária, eles sobreviviam do trabalho de carpinteiro de Van, enquanto Suong fabricava incensos. Até que um acontecimento trágico abalou suas vidas.
Em 2003, Pham teve uma morte súbita. Le Van, então com 50 anos, entrou em um estado profundo de depressão, não comia, sua vida já não fazia mais sentido. Sem conseguir dormir em casa, o homem ia para o cemitério todas as noites e adormecia em cima do caixão de sua falecida esposa.
A situação durou meses, até o dia que o viúvo teve uma ideia macabra. Era madrugada de uma noite chuvosa, Le Van foi até o túmulo da mulher e começou a cavar. Continuou até localizar os ossos da mulher, foi pegando um por um e os guardou em uma bolsa. No caixão, deixou apenas um cobertor velho.
Chegando em casa, ele depositou a ossada em uma estátua oca, a qual ele havia construído sozinho. Depois , finalizou a escultura com gesso, areia e cola. Ele tinha para si uma versão mórbida de sua esposa, para lhe fazer companhia a noite.
A história começou a circular na pequena cidade de Ha Lam, quando os filhos descobriram imploraram ao pai que devolvesse o esqueleto da mãe para a sepultura, o que ele negou rigorosamente. Os parentes se opuseram e chamaram-lhe de louco, fanático. Tudo em vão, Le Van dormia ao lado da estátua todos os dias.
Passaram-se cinco anos, e até mesmo os vizinhos relatavam o incomodo para a polícia. Que após muita insistência decidiu falar pessoalmente com o viúvo. Em 2009, a imprensa descobriu o hábito de Le Van, e diversos portais, como a Reuters e o Vietnamnet, publicaram a história bizarra.
Van concedeu entrevistas e contou um pouco sobre sua experiência. “As pessoas diziam que eu sou louco porque cuido de um cadáver, mas acredito firmemente que ela está sempre comigo. Definitivamente vou dormir com o corpo dela até morrer”, afirmou.
Para a polícia, o homem concordou em devolver a ossada para o cemitério, mas após algum tempo, os vizinhos afirmaram que Van continuava a dormir com a estátua de sua mulher. As autoridades desistiram de fazer com que o homem se livrasse dos restos mortais de Thi Suong.
Hoje, 16 anos após aquela noite chuvosa, o vietnamita continua a manter o cadáver de sua esposa todas as noites, pois, segundo ele, é o que lhe faz feliz.
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