Na França, durante o conflito, o golpista se aproveitava das viúvas fragilizadas, roubando suas heranças e depois as matando
Após a Primeira Guerra Mundial, Paris estava fragilizada pelos horrores do conflito. Como se não bastasse, pelas ruas havia um serial killer solto pela cidade luz. O criminoso ganhara o nome de Barba Azul e, assim como o personagem do conto, tinha seu foco viúvas de guerra, as quais ele seduzia por correspondências e depois, matava para ficar com suas heranças.
O macabro homem era Henri Désiré Landru. O parisiense largou a escola muito cedo e foi trabalhar em um escritório de arquitetura. Sua vida pacata acabou pouco tempo, pois foi chamado e passou quatro anos no exército.
Após sua época no serviço militar, sua vida nunca mais foi a mesma, não conseguia ficar no mesmo emprego muito tempo. Ao perder todo seu dinheiro por uma aparapuca aplicada por seu próprio patrão, decidiu ele mesmo começar a aplicar golpes.
Em 1914, depois de aplicar pequenos golpes, Henri teve uma bizarra ideia. Como a maioria dos homens haviam sido convocados para lutar pela França durante a primeira grande guerra, muitos deles morriam durante o serviço militar ou acabavam com sequelas terríveis devido a vida nas trincheiras. Paris era repleta de viúvas em um estado frágil por terem perdido seus grandes amores, um alvo fácil.
O assassino sabia desse fato e usava isso para o mal. Escrevia anúncios para os jornais da cidade buscando atrair essas mulheres com intenção de matrimônio. Landru ia conseguindo a confiança das donzelas indefesas, e depois que as encontrava, as matava por meio de estrangulamento.
Após matá-las, ele cortava seus corpos e queimava as partes. Os métodos variavam, assim como os lugares que o serial killer desovava os restos mortais, fazendo com que a polícia achasse que as vítimas estavam desaparecidas, não mortas.
De 1914 a 1918, Henri matou 11 vítimas, 10 mulheres e um filho adolescente de uma delas. O maníaco usava diversos pseudônimos e mandava as cartas de várias regiões diferentes. Dessa forma, parecia que os crimes eram cometidos por pessoas diferentes.
Essa técnica foi tão boa, que a própria polícia não encontrou evidências concretas que Landru era responsável por todas as mortes, só um caderno com todos os valores dos golpes que ele realizou.
Mas, nem todo o crime é perfeito e em 1919, a irmã de uma das vítimas, Madame Bussoin reconheceu o homem como sendo o assassino. Landru foi preso em sua própria casa.
El plena guerra, Paris estava fragilizada. O julgamento de Henri foi considerado um espetáculo. O caso foi tão acompanhado pelos jornais da época, que tinha mais destaque que as negociações do acordo de Versalhes (com o objetivo punir a Alemanha pela guerra).
O serial killer foi sentenciado à guilhotina e, em 25 de fevereiro de 1922, dia de seu aniversário de 52 anos, foi morto.
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