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Matérias / Cuba

Há 61 anos, o ditador Fulgêncio Batista fugia de Cuba, deixando o país nas mãos de Fidel Castro e Che Guevara

Em 31 de dezembro de 1958, o sanguinário militar abandonou seu posto e possibilitou a conflagração da Revolução Cubana, comandada por guerrilheiros revolucionários comunistas

Redação Publicado em 31/12/2019, às 08h00

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Fidel Castro, Fulgêncio e Che Guevara - Getty Images
Fidel Castro, Fulgêncio e Che Guevara - Getty Images

A pequena ilha caribenha estava no seu auge de agitação política. Grupos revolucionários de esquerda se organizavam continuamente e, liderados por Fidel Castro e Che Guevara, tentavam tomar o poder das mãos do ditador Fulgêncio Batista, que comandava um sangrento regime em Cuba. 

A primeira tentativa de golpe pelos guerrilheiros aconteceu em 26 de julho de 1953. Nesse evento, 165 homens entraram no Quartel-General de Moncada na tentativa de tomar o armamento para a população e iniciar uma revolução com o objetivo de derrubar Batista. O levante, no entanto, resultou em derrota e a maioria dos envolvidos morreram ao fogo das metralhadoras dos militares do governo. Fidel ainda foi preso após a tentativa, condenado a 15 anos de prisão.

O ditador cubano Fulgêncio Batista / Crédito: Wikimedia Commons

O evento marca a história do processo revolucionário. Isso porque Fidel fundaria o movimento revolucionário M-26-7, como referência à revolta. Além disso, o tipo de demanda dos revolucionários de 1959 já estava presente em 53: o nacionalismo acentuado e militarista, o desejo pela democracia direta e o forte sentimento contra os EUA. 

As represálias fizeram com que Raúl Castro também se entregasse às autoridades cubanas. Mas os dois foram anistiados por Batista em meio a apelos da opinião pública, que pedia que os dois irmãos fossem liberados das longas condenações. Fidel, então, foi ter refúgio no México, e voltaria apenas em 1956, três anos depois, para, novamente, tentar apoderar-se do governo. 

Ao desembarcar com mais de 80 guerrilheiros, no entanto, eles sofreram com uma enorme retaliação, que assassinou a maioria dos militantes que se estavam se juntando à causa. Apenas uma unidade do Exército foi responsável pelo massacre, mas os sobreviventes — que incluíam Fidel, Che e Camilo Cienfuegos — começaram a executar seu plano, que consistia em invadir a ilha pelo Sul e subir em direção a Havana pelo método de guerrilha.

Crédito: Getty Images

Atuando pela região de Sierra Maestra, o grupo de guerrilheiros crescia cada vez mais e suas ações passam a impactar diretamente no enfraquecimento da ditadura de Batista. 

Assim foi, que em 31 de dezembro de 1958, há exatos 61 anos, o militar fugiu de Cuba, durante a madrugada e carregando consigo 40 milhões de dólares. O sanguinário ditador havia abandonado a cadeira de líder do país para refugiar-se na República Dominicana, uma também ilha caribenha. 

Com a derrubada do tirano, os revolucionário tiveram caminho livre para tomar o poder e começar a governar Cuba conforme os moldes anticapitalistas e anti-imperialistas. Instaura-se, assim, a vitória da Revolução Cubana no país. 

Crédito: Getty Images


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