Cathal O’Connell, pesquisador da Universidade de Melbourne, está confiante quanto as futuras descobertas de sondas espaciais enviadas para lua de Júpiter
“A descoberta de vida em outros planetas agora parece inevitável e, possivelmente, iminente”. Com essas palavras, o pesquisador da Universidade de Melbourne, Cathal O’Connell, discutiu sobre o futuro envio de duas sondas para uma das luas de Júpiter, chamada Europa.
O satélite natural é tido como um dos possíveis reservatórios de vida mais próximos da Terra. Isso porque, na década de 90, cientistas descobriram — com a ajuda da sonda Galileu — que o local abriga oceanos duas vezes maiores que os daqui. A água estaria congelada em sua superfície.
Dessa maneira, o líquido deve estar interagindo com os minerais presentes no local, sendo possível formar algum tipo de vida durante esse tempo, em um processo similar ao que ocorreu na formação de seres vivos na Terra.
As sondas espaciais enviadas para Europa, Clipper e Juice, vão carregar uma série de sensores que serão inseridos embaixo da camada de gelo da lua. Os equipamentos irão medir as flutuações na gravidade do lugar, que pode variar dependendo da densidade de uma possível elevação por baixo das sondas.
O'Connell acredita que "uma descoberta, caso ela venha, viraria o mundo da biologia de ponta cabeça". Ele complementa "uma segunda amostra de vida, completamente diferente dos seres vivos do Planeta Terra, poderia representar um segundo Gênesis".
O cientista e pesquisador finaliza, indo além: "(a descoberta de vida) aumentaria significativamente as chances de que, entre bilhões de planetas habitáveis em nossa galáxia, tenha algo com o qual possamos nos comunicar".