Em 1915, o advogado inglês Cecil Chubb entrou para a História ao comprar Stonehenge, um dos mais enigmáticos monumentos da História
Redação Publicado em 29/12/2024, às 17h00
Em uma decisão que se tornaria histórica, o advogado inglês Cecil Chubb adquiriu Stonehenge, um dos mais fascinantes monumentos da História, em um leilão realizado em 1915, por impressionantes 6.600 libras. Inicialmente, a intenção de Chubb era surpreender sua esposa, Mary, com o presente; no entanto, ela não ficou impressionada com a escolha.
O leilão ocorreu em Salisbury, no condado de Wiltshire, onde Chubb compareceu para adquirir um conjunto de cortinas solicitado por sua esposa. Em um ato inesperado, ele arrematou o famoso monumento ao invés disso.
Embora alguns especulem que sua motivação tenha sido presentear Mary, outros acreditam que ele agiu para evitar que Stonehenge fosse adquirido por compradores americanos.
A quantia paga por Chubb foi de 6.600 libras esterlinas, um investimento considerado significativo para a época. A desaprovação de Mary Chubb em relação à compra pode ser atribuída ao fato de que esse montante saiu das economias familiares.
A venda de Stonehenge levanta questões sobre como um patrimônio histórico tão valioso foi colocado à disposição do mercado. Historicamente, a área onde está localizado o monumento pertenceu a diversas famílias ao longo dos séculos.
No século XVI, Henrique VIII adquiriu terras na região e posteriormente as cedeu ao conde de Hertford. Após várias transições, as propriedades chegaram às mãos da família Antrobus em 1824.
Após a morte de Edmund Antrobus durante a Primeira Guerra Mundial em 1914, seu irmão Cosmo Gordon Antrobus decidiu leiloar as terras que incluíam Stonehenge. O leilão foi conduzido pela imobiliária Knight Frank & Rutley e o lote 15 compreendia 12 hectares que abrigavam o famoso monumento.
Embora Chubb não tenha considerado sua aquisição como um bom investimento pessoal, ele demonstrou um ato patriótico ao transferir Stonehenge para domínio público em 26 de outubro de 1918. Ele impôs algumas condições: o ingresso para visitação não deveria exceder um xelim e os moradores locais teriam acesso gratuito.
Atualmente, a gestão das visitas ao monumento é realizada pelo English Heritage, que cobra uma taxa por visitante adulto, isentando os residentes da região da taxa.
Stonehenge, um dos monumentos mais enigmáticos do mundo, datado de aproximadamente 3.000 a.C., continua a fascinar estudiosos e pesquisadores que buscam compreender os mistérios que cercam sua construção.
Um novo estudo, publicado na revista Archaeology International, sugere que a construção megalítica serviu como um poderoso símbolo de união entre os povos da Grã-Bretanha, reunindo comunidades distantes em torno de um propósito comum.
A pesquisa, liderada por Mike Parker Pearson, professor de pré-história britânica tardia no Instituto de Arqueologia da University College London, teoriza que a Pedra do Altar, um dos elementos mais icônicos de Stonehenge, cujo peso é aproximadamente 6 toneladas, foi transportada por mais de 700 quilômetros do nordeste da Escócia para o sul da Inglaterra, em uma jornada épica que durou meses.
