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Matérias / Crime

A brutal morte de Freddie Gray por policiais nos EUA

Durante a ação, o jovem sofreu uma fratura na coluna vertebral, o que o deixou em coma

Giovanna Gomes Publicado em 13/01/2021, às 13h45 - Atualizado às 14h47

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Homenagem a Freddie Gray - Getty Images
Homenagem a Freddie Gray - Getty Images

No dia 12 de abril de 2015, um jovem negro da cidade de Baltimore, nos EUA, sofreu uma lesão na coluna vertebral enquanto era levado por policiais para a delegacia. Ele entrou em coma e morreu dias depois, aos 25 anos. O caso gerou uma onda de protestos pela punição dos envolvidos e pela mudança da postura da polícia no país para com os negros.

O caso

Tudo começou quando policiais estavam com bicicletas no cruzamento da W. North Avenue com a N. Mount Street. Foi assim que dois homens saíram correndo após um 'contato visual' das autoridades. Um desses homens era Freddie Gray, que acabou sendo levado em um veículo sem cinto de segurança, com as mãos presas com fitas plásticas e deitado no chão. 

Freddie Gray tinha 25 anos / Crédito: Getty Images

Segundo o site The Appeal, Kevin Moore, morador local, registrou o momento em que Gray gritava que não conseguia respirar e que precisava de cuidados médicos enquanto era contido por um dos policiais. Em seguida ele foi colocado na van, com as pernas arrastando. “Eu ouço os gritos todas as noites”, disse Moore.

Em seguida, conforme as investigações, o veículo teria parado em diferentes locais, chegando até mesmo a apreender outro homem antes de chegar ao destino.

Outras testemunhas relataram ter visto o momento em que as autoridades jogaram o jovem dentro da van de modo que ele teria batido a cabeça.

Já na delegacia, o corpo de bombeiros foi acionado para atender um "homem inconsciente" na delegacia de Western District. Os paramédicos levaram Gray para o hospital, onde ele realizaria duas cirurgias, entraria em coma e morreria uma semana depois.

Muitos protestos ocorreram após a morte de Gray / Crédito: Getty Images

Mais tarde, as investigações médicas apontaram que a lesão foi sofrida enquanto Gray estava na van. O escritório do médico legista concluiu que a morte deveria ser considerada homicídio, uma vez que os policiais não haviam prendido o jovem dentro do veículo para que não corresse riscos, o que havia sido determinado por lei. 

Protestos

Muitas pessoas, revoltadas com o caso, realizaram inúmeros protestos na cidade pedindo pela punição dos seis agentes envolvidos – cinco homens e uma mulher (três brancos e três negros) e também pelo fim da violência policial.

Em alguns momentos houve grupos que promoveram saques e atacaram policiais, o que foi condenado por Marilyn Mosby, advogada do estado da cidade de Baltimore, que se tornou um símbolo da luta pela justiça em casos de violência policial contra negros.

Protestos pela justiça no caso de Gray / Crédito: Getty Images

Desfecho

De acordo com o El País, no dia 1º de maio de 2015, Mosby, anunciou que seu escritório havia entrado com acusações contra seis policiais por homicídio, uma vez que Gray "sofreu uma lesão crítica no pescoço como resultado de ser algemado, algemado por seus pés e sem cinto de segurança dentro da van".

Três dos policiais foram acusados de homicídio culposo e um enfrentou uma acusação adicional de homicídio de segundo grau, que é quando não há premeditação do crime, mas, o acusado age com indiferença mesmo sabendo que pode causar a morte de alguém.

Porém, todos os policiais foram libertados da prisão após pagarem fiança. Dois deles pagaram uma quantia de 250 mi dólares enquanto os outros quatro pagaram 350 mil. No ano seguinte, em 2016, a Justiça decidiu arquivar o caso.


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