Joseph Flavill sofreu um acidente grave, e acabou ficando inconsciente por boa parte de 2020
Durante o ano de 2020, não foi incomum ouvir pessoas brincando que gostariam de dormir e apenas acordar quando a pandemia acabasse. Com um jovem do Reino Unido, isso quase aconteceu: Joseph Flavill entrou em coma em março do ano passado, acordando apenas 10 meses depois.
A experiência do rapaz de 19 anos, todavia, não foi nada agradável. Isso porque ele sofreu um atropelamento, ocasionando um grave trauma craniano - e, por fim, o coma.
Depois de acordar, o jovem britânico também está experienciando uma recuperação lenta, de forma que ainda enfrenta dificuldades para falar e se mover como antes do acidente. Os problemas do mundo com o coronavírus tampouco chegaram ao fim.
Sua família deu entrevista sobre o caso para o The Guardian, um jornal britânico, em fevereiro de 2021.
Outra realidade
Até a data da reportagem, os parentes do jovem ainda não tinham falado sobre as transformações passadas pelo mundo nos últimos meses, e quão preocupante a pandemia se tornou ao longo do tempo.
Quando Joseph foi atropelado, ainda era dia 1 de março, e o Reino Unido não declararia a quarentena até três semanas mais tarde. Dessa forma, a ameaça do vírus ainda era distante, algo que parecia ainda afetar apenas a China e os países vizinhos.
“Só não sei por onde começar a explicar. Um ano atrás, se alguém tivesse me contado o que iria acontecer no ano passado, acho que não teria acreditado. Não tenho ideia de como Joseph vai entender o que todos nós passamos.”, contou Sally Flavill Smith, que é tia do rapaz, para o veículo inglês.
Curiosamente, embora o rapaz britânico de 19 anos não saiba sobre o vírus, já foi infectado duas vezes, por conta da exposição aos profissionais de saúde do hospital onde estava sendo mantido. Felizmente, foi capaz de se curar sem maiores complicações.
Contato limitado
A família de Joseph precisou comunicar-se com ele majoritariamente por videochamadas, uma vez que não é recomendável irem até o hospital em meio à pandemia. A mãe do garoto apenas obteve permissão para fazê-lo em uma única ocasião, e apenas porque era aniversário dele.
“Falamos sobre isso por telefone e tentamos alertá-lo de que realmente queremos estar ali segurando suas mãos, mas simplesmente não podemos fazer isso [por causa de Covid]. Tentamos manter o que dizemos o mais simples possível, porque realmente não temos tempo para entrar na enorme pandemia - simplesmente não parece real, não é? Quando ele finalmente puder ter um contato cara a cara, essa será a oportunidade de realmente tentar explicar a ele o que aconteceu”, relatou ainda Sally ao The Guardian.
Da última vez que a tia havia entrado em contato com Joseph, ele já era capaz de reagir às palavras dos parentes, sorrindo e movendo-se um pouco.
Conseguia, por exemplo, tocar a orelha esquerda e a direita, mexer suas pernas e piscar em padrões diferentes para responder “sim” ou “não”. Certamente, ainda não era a hora de conceitos complexos, como os efeitos gerados pelo coronavírus no mundo.
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