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Notícias / Yves Coppens

Yves Coppens: Um dos homens que descobriram o australopiteco Lucy morre aos 87 anos

Descobertas do paleontólogo francês Yves Coppens foram cruciais para estudos sobre as origens da vida humana

Alan de Oliveira | @baco.deoli sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 23/06/2022, às 10h14

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O paleontólogo francês, Yves Coppens e o esqueleto de Lucy - Divulgação/Wikimmedia Commons e Getty Images
O paleontólogo francês, Yves Coppens e o esqueleto de Lucy - Divulgação/Wikimmedia Commons e Getty Images

Ainda sem a causa divulgada, morreu na quarta-feira, 22, o paleontólogo francêsYves Coppens, aos 87 anos. Ele foi um dos profissionais envolvidos na descoberta do australopiteco de nome Lucy, cujos restos mortais ajudaram a comunidade arqueológica a aprofundar seus conhecimentos acerca das origens da humanidade.

Nas buscas em que participou, foram contabilizados 52 fragmentos ósseos do exemplar de Australopithecus Afarensis de 3,2 milhões de anos, o mais completo já encontrado.

“Yves Coppens nos deixou nesta manhã. Minha tristeza é imensa. Perco um amigo que confiou a mim toda a sua obra. A França perde um de seus grandes homens”, escreveu no Twitter a editora que publicou diversos artigos com ele, Odile Jacob.

Coppens e a descoberta de Lucy

Foi professor e pesquisador do Collège de France e com Maurice Taib e Donald Johnson, são os responsáveis pela descoberta de Lucy em 1974 em Hadar, na Etiópia. Corppens muitas vezes afirmou ser o "pai dos fósseis” no mundo, devido as suas descobertas ganhadoras de diversos prêmios internacionais.

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A reconstrução de fóssil de Lucy /Crédito: Divulgação/Wikimmedia Commons

Ele também é responsável pelo nome do primitivo, em homenagem à música "Lucy in the Sky with Diamonds", dos Beatles, que ele e os pesquisadores estavam ouvindo enquanto rotulavam artefatos históricos.

Por muito tempo após sua descoberta, os cientistas acreditavam que ela era uma ancestral direta dos humanos. No entanto, esta afirmação não é mais aceita. O francês e outros paleontólogos começaram a ver Lucy como uma prima distante dos humanos.

Após estudar o continente africano, ele também realizou escavações na Mauritânia, Filipinas, Indonésia, Sibéria, China e Mongólia. Ao retornar à França, tornou-se professor de paleontologia no Collège de France e ingressou na Academia Francesa de Ciências. Ele também se tornou diretor do Musee de l'Homme em Paris, já no fim de sua carreira profissional, como afirma o portal 'G1'.