Condenada em 2015, Ursula Haverbeck recebeu nova pena de um ano e quatro meses de prisão por incitação ao ódio em relação ao holocausto
Nesta quarta-feira, 26, um tribunal de Hamburgo condenou a alemã Ursula Haverbeck, de 95 anos, a um ano e quatro meses de prisão por negar o genocídio dos judeus perpetrado pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.
A sentença em apelação ocorre após a idosa ter sido condenada em 2015 a dez meses de prisão por "incitação ao ódio", ao afirmar que o campo de concentração e extermínio de Auschwitz era "apenas um campo de trabalho".
A condenada é viúva de Werner Georg Haverbeck, um ultradireitista falecido em 1999, com quem fundou o Collegium Humanum de Vlotho em 1963. O local, apresentado como educacional, era conhecido como um foco de negacionismo até sua ilegalização, em 2008.
Autointitulada representante do "revisionismo histórico", Haverbeck nega consistentemente a realidade do Holocausto. O processo de apelação, originalmente previsto para 2018, foi adiado várias vezes, principalmente devido à pandemia de COVID-19.
Durante a audiência em Hamburgo, Ursula contou com o apoio de simpatizantes, que interromperam várias vezes as deliberações, conforme relatado pela porta-voz do tribunal.
*Sob supervisão;