Rei da Inglaterra visitaria a França em meio a protestos populares; cenário se assemelha ao da Revolução Francesa; entenda!
A visita oficial do rei Charles III à França para um banquete no Palácio de Versalhes poderia ter “ecos” semelhantes ao da Revolução Francesa. A frase foi dita por um ex-embaixador britânico no país, que vive uma onde de protestos contra medidas propostas por Emmanuel Macron.
Segundo Peter Ricketts, que foi enviado da Terra da Rainha na França entre 2012 e 2016, o jantar foi mal programado, ocorrendo em paralelo com protestos contra Macron após propostas para mudar o sistema de pensões e aumentar a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos.
A visita, que aconteceria na última sexta-feira, 24, acabou sendo adiada por conta da revolta popular. Na noite anterior, repercute o The Guardian, 441 policiais ficaram feridos em meio aos violentos protestos.
Além disso, 903 incêndios foram registrados pelos bombeiros franceses. Ao todo, 457 pessoas foram presas. Já a visita, por sua vez, ainda deverá acontecer, no entanto, apenas no início do verão na Europa — na parte final de junho.
Charles III e a rainha consorte Camilla deveriam visitar a cidade de Bordeaux na última terça-feira, 21, mas as manifestações causaram preocupação de que protestantes tivessem o Palácio de Versalhes como alvo, onde o jantar aconteceria.
O atual cenário político do país, então, gerou comparações com a Revolução Francesa do século 18. À época, revoltado com os altos padrões de vida da corte do rei Luís VXI, o povo derrubou e guilhotinou a monarquia, inclusive Maria Antonieta.
O fato de que agora existem esses protestos violentos que parecem estar crescendo tornou, em particular, a ideia de um banquete em Versalhes uma ideia particularmente ruim. Isso teve todos os tipos de ecos do passado, desde a revolução”, afirmou Peter Ricketts.