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Notícias / Estados Unidos

Videoclipe provocativo de cantora pop causa polêmica em igreja de 160 anos

Nos Estados Unidos, padre foi afastado após autorizar gravações da cantora pop Sabrina Carpenter em igreja de 160 anos

por Thiago Lincolins
[email protected]

Publicado em 01/12/2023, às 11h16

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Imagem do videoclipe de “Feather” - Reprodução/Vídeo/Youtube
Imagem do videoclipe de “Feather” - Reprodução/Vídeo/Youtube

Gravado em uma igreja de 160 anos localizada nos Estados Unidos, o videoclipe de “Feather”, da jovem cantora pop Sabrina Carpenter, causou polêmica. Após a estreia mundial do vídeo, um padre foi afastado e fieis realizaram uma missa para recuperar a 'santidade' do local.

O Monsenhor Jamie J. Gigantiello fora dispensado das funções administrativas na paróquia Anunciação da Bem-Aventurada Virgem Maria, em Williamsburg, e de Vigário do Desenvolvimento da Diocese, por ter autorizado a provocativa gravação no local religioso. 

No clipe musical, é possível se deparar com a cantora lidando com o assédio de homens, que a perseguem e tentam 'ensinar' como uma mulher precisa se comportar. Em seguida, as cenas mostram que os rapazes morreram tragicamente. Com um vestido preto curto de tule, Carpenter desfila na igreja católica e dança ao lado de caixões coloridos, que apresentam a frase 'RIP BITCH' ("Descanse em paz, vadi*").

Cenas do videoclipe que causou polêmica /Crédito: Reprodução/Vídeo/Youtube

Como era de se esperar, as cenas gravadas na igreja Anunciação da Bem-Aventurada Virgem Maria, em Nova York, não agradaram os fieis. Logo após o lançamento, a Diocese Católica Romana do Brooklyn, responsável pela supervisão das igrejas católicas localizadas no Brooklyn e Queens, se manifestou através de uma nota. 

Passos ignorados

Foi esclarecido que os passos corretos para autorizar uma gravação não foram realizados. "A paróquia não seguiu a política diocesana em relação à filmagem na propriedade da Igreja, que inclui uma revisão das cenas e do roteiro. Por meio da oferta desta Missa, o Bispo Brennan restaurou a santidade desta igreja e reparou o dano", explica a nota.

Depois, o Monsenhor Jamie Gigantiello perdeu as funções administrativas e também deixou de ser o Vigário de Desenvolvimento da Diocese do Brooklyn. Através de seu perfil no Facebook, o religioso disse que autorizou a gravação, pois, não encontrou nada 'questionável' na trajetória dos artistas envolvidos.

"Em um esforço para fortalecer ainda mais os laços entre os jovens artistas criativos que compõem uma grande parte desta comunidade e a paróquia, concordei com a filmagem após uma busca geral pelos artistas envolvidos não revelar nada questionável. A equipe da paróquia e eu não tínhamos conhecimento de que algo provocativo estava ocorrendo na igreja, nem sabíamos que caixões falsos e outros itens fúnebres seriam colocados no santuário", afirmou ele.

Além disso, ele assumiu "total responsabilidade pela decisão errônea de permitir a filmagem", e enfatizou que "não tinha conhecimento de que tal cena seria filmada em nossa igreja, na qual trabalhamos arduamente para restaurar à sua presente beleza sagrada".

Com a repercussão do videoclipe, a diocese chamou o bispo Robert J. Brennan para “restaurar a santidade da igreja e reparar os danos”.