O vereador carioca está preso desde 8 de abril, suspeito pela morte do menino Henry Borel
De acordo com informações do periódico O Globo, publicadas na manhã desta sexta-feira, 16, um vídeo exclusivo obtido pelo jornal mostra o momento em que Dr. Jairinho, recebe um sanduíche entregue pelo próprio diretor do presídio em que o vereador está encarcerado, a Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, no Rio de Janeiro.
Sabe-se que o homem está preso desde 8 de abril, já que é suspeito pela morte de seu enteado, o menino Henry Borel, de 4 anos de idade. A mãe da criança, Monique Medeiros, também está presa.
De acordo com a publicação, as imagens em que o diretor Ricardo Larrubia da Gama entrega o alimento pessoalmente ao sujeito, foram feitas na tarde em que Jairinho foi levado pela polícia para a cadeia.
O vídeo corrobora com a suspeita de que o vereador esteja recebendo um tratamento especial na prisão, as denúncias sobre o assunto sugiram desde a última segunda-feira, 12, quando o canal de televisão SBT, denunciou irregularidades.
Segundo o secretário de Administração Penitenciária, Raphael Montenegro, o alimento que foi entregue a Jairinho por Larrubia foi o mesmo que era servido para os outros presos no dia da filmagem. De acordo com o homem, não há indícios de que o suspeito tenha recebido tratamento especial. Mesmo negando as acusações, o diretor Ricardo Larrubia da Gama, pediu a exoneração.
Confira o vídeo aqui.
No domingo de 7 de março de 2021, o engenheiro Leniel Borel deixou seu filho Henry na casa da mãe do garoto, sua ex-esposa Monique. Segundo a mulher, via UOL, o menino teria chegado cansado, pedindo para dormir na cama que ela dividia com Jairinho.
Por volta das 3h30 da madrugada, o casal foi verificar o pequeno e acabou encontrando Henry no chão, já desacordado. Monique e o vereador levaram o garoto às pressas para o hospital, enquanto avisavam Leniel, que, desconfiado, abriu um Boletim de Ocorrência.
O caso começou a ser investigado no mesmo dia e, até hoje, a polícia já ouviu cerca de 18 testemunhas. Tendo em vista que a morte do garoto foi causada por “hemorragia interna e laceração hepática [danos no fígado] causada por uma ação contundente”, os oficiais já reuniram provas o suficiente para descartar a hipótese de um acidente, segundo o G1.
O inquérito, no entanto, ainda não foi concluído e, dessa forma, nenhum suspeito foi acusado formalmente, mesmo que a polícia acredite que trate-se de um assassinato. Da mesma forma, falta esclarecer o que realmente aconteceu com Henry naquele dia.