A estatística vem de um relatório divulgado pela ONG Oceana na última semana, após analisar animais retirados das costas do Sul e Sudeste brasileiro
Na última semana, a ONG Oceana, que é dedicada à conservação da vida marinha, publicou o relatório de uma pesquisa que chegou a conclusões preocupantes a respeito da relação entre o lixo que é jogado pelos seres humanos no oceano e as espécies marinhas atualmente em risco de extinção.
O estudo fez uma triagem de 1.837 animais, todos encontrados mortos na costa brasileira. Segundo o relatório, que foi repercutido pela CNN, 85% dos mamíferos, répteis e aves que consumiram lixo pertencem a espécies em extinção, e metade de todos os animais pesquisados haviam ingerido um material em específico: plástico.
“Foram registradas sacolas, embalagens, tampas de caneta e de garrafa PET, botões, buchas de parafuso, pulseiras, canudos, lacres de alimentos embutidos, palitos, copos descartáveis e outros materiais descritos apenas como ‘plástico ou microplástico’”, detalhou o documento produzido pela ONG.
Vale dizer, ainda, que os dados encontrados pela Oceana foram apenas referentes aos animais pesquisados. Assim, o relatório se encerra de maneira alarmante: “Esses números refletem apenas a fração de animais que foi necropsiada e encontrada nas regiões Sudeste e Sul do país. Portanto, a quantidade de espécies e indivíduos sendo impactados pela ingestão de resíduos plásticos está criticamente subestimada”.