Novo estudo ranqueou os provérbios favoritos dos brasileiros, que admitiram falar muitos deles da forma errada
Redação Publicado em 21/09/2023, às 18h23
Dos jovens aos idosos: todos os brasileiros utilizam ditados populares em seu cotidiano. Se tratam de expressões curtas, que transmitem humor e até grandes ensinamentos. Agora, uma pesquisa levantou quais os mais populares, como são passados entre as gerações e as modificações que sofreram ao longo dos anos.
A plataforma de ensino online, Preply, fundada em Kiev, na Ucrânia, entrevistou no último mês de agosto mil brasileiros de todas as idades para saber quais os ditados mais utilizados em cada uma das 27 unidades federativas do país.
Após a pesquisa, dois ditados se consagraram como os queridinhos do brasileiro, são eles: “o barato sai caro” (65,4%) e “a mentira tem perna curta” (64,3%), presentes na rotina de 6 em cada 10 entrevistados. A “esperança é a última que morre” fecha o pódio em terceiro lugar, com 61%.
Quando analisadas sob a lente da personalidade do brasileiro, as expressões populares apontam que a população tem como característica a persistência e a disposição. Um exemplo disso são os ditados: “a esperança é a última que morre” (61%) e “antes tarde do que nunca” (59,8%), presentes entre os 5 mais populares, refletindo o olhar otimista e estimulante dos brasileiros.
Os ditados estão enraizados no vocabulário da população brasileira, ao ponto de muitos serem utilizados em situações que diferem do seu significado original. Durante a pesquisa, a Preply concluiu que 59,1% dos entrevistados utilizam a frase “quem não tem cão, caça com gato” como equivalente de “quem não tem o necessário, se vira como dá”.
Mas o ditado foi criado com outro sentido em mente. Originalmente, servia para recomentar para aqueles que não têm cão, “cacem como gato”. Ou seja, ajam sorrateiramente, tal qual um felino, sempre atento aos perigos.
Outro levantamento realizado pela Preply é que grande parte dos ditados são adquiridos através do núcleo familiar. Entrevistados das gerações Y e Z, afirmaram ouvir as expressões com maior frequência dos pais (67%), avós (48,3%), irmãos (18,6%) e demais parentes (41,5%), durante conselhos e broncas.
Círculos sociais externos não ficaram para trás na transmissão de certas expressões do senso comum. 58% dos brasileiros afirmaram que os amigos são os responsáveis por usarem tais ditados constantemente, seguidos de colegas de trabalho (43,5%) e professores (15,7%).
Provérbios têm sido transmitidos ao longo das gerações porque se mostraram valiosos e sábios ao longo do tempo. Eles oferecem orientações práticas e lições que se aplicam à vida cotidiana, fornecendo insights sobre desafios e dilemas comuns, ajudando as pessoas a navegar em seu dia a dia.”, explicou a líder de Metodologia da Preply, Sylvia Johnson.
Para esta pesquisa, a Preply entrevistou mil brasileiros, que possuem acesso à internet, entre 16 e 23 de agosto. Todos responderam a três perguntas, que se baseiam na frequencia de contato com os provérbios, quais são reproduzidos incorretamente e onde eles são ouvidos com maior frequência. É importante ressaltar que esta pesquisa apresenta um índice de confiabilidade de 95% e uma margem de erro de 3,3 pontos percentuais.
