Busca
Facebook Aventuras na HistóriaTwitter Aventuras na HistóriaInstagram Aventuras na HistóriaYoutube Aventuras na HistóriaTiktok Aventuras na HistóriaSpotify Aventuras na História
Notícias / Arte

Veja a curiosa descoberta na restauração da tela de Monet que pertencia a Churchill

Como o vício em charutos do primeiro-ministro britânico danificou uma obra-prima impressionista e como a ciência a restaurou

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 21/10/2024, às 16h45

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
Winston Churchill e Claude Monet - Getty Images
Winston Churchill e Claude Monet - Getty Images

A exposição 'Monet and London: Views of the Thames' na Courtauld Gallery, em Londres, reserva uma surpresa fascinante: a revelação de uma pintura de Claude Monet que pertenceu a Winston Churchill e que, por décadas, esteve escondida sob uma camada de sujeira, resultado da combinação da poluição de Londres e do vício em charutos do ex-primeiro-ministro britânico.

A tela em questão, 'Charing Cross Bridge', foi pintada entre 1899 e 1923 e retrata a icônica ponte londrina em meio à névoa característica da cidade naquela época. Monet, impressionado com a atmosfera única de Londres, capturou a beleza da cidade em uma série de pinturas, das quais a tela em questão é uma das mais importantes.

Foto
Charing Cross Bridge - National Trust

A pintura foi um presente de Emery Reves para Churchill em 1949. O ex-primeiro-ministro, conhecido por seu amor pela arte e por seu vício em charutos, pendurou a obra em sua sala de estar em Chartwell. Ao longo dos anos, a fumaça dos charutos, juntamente com a fuligem das lareiras, se depositou sobre a tela, obscurecendo gradualmente as cores vibrantes e os detalhes da pintura.

Restauração

A conservadora Rebecca Hellen, do National Trust, responsável pela preservação de Chartwell, iniciou um meticuloso processo de restauração da pintura. A sujeira acumulada ao longo de décadas foi cuidadosamente removida, revelando as cores vibrantes e a riqueza de detalhes da obra-prima.

Segundo o 'The Art Newspaper', a restauração revelou também que Monet havia feito diversas alterações na pintura ao longo dos anos, intensificando a névoa amarela e ajustando a posição das Casas do Parlamento.