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Notícias / Reconstrução facial

'Vampira' do século 16, enterrada com tijolo na boca, tem rosto reconstruído

'Vampira do século 16' foi enterrada com tijolo na boca para impedi-la de se alimentar de cadáveres no subsolo; seus restos mortais foram encontrados em 2006

Fabio Previdelli
por Fabio Previdelli
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Publicado em 23/03/2024, às 09h30

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Vampira do século 16 enterrada com tijolo na boca - Divulgação/Cícero Moraes
Vampira do século 16 enterrada com tijolo na boca - Divulgação/Cícero Moraes

Cientistas recriaram o rosto de uma mulher do século 16 que foi enterrada com um tijolo enfiado na boca. O objeto foi preso para impedi-la de se alimentar de cadáveres no subsolo, visto que os moradores da época acreditavam que a vítima era uma vampira

Através de digitalizações em 3D de seu crânio, os pesquisadores conseguiram dar uma face para a mulher: um queixo pontudo, cabelos prateados, pele enrugada e nariz levemente torto. Seu rosto também foi reconstruído com o bloco de pedra inserido em sua mandíbula. 

Reconstrução da vampira do século 16 enterrada com tijolo na boca - Divulgação/Cícero Moraes

Os especialistas acreditam que o tijolo foi colocado em sua boca pouco depois de sua morte, por moradores locais que temiam que ela se alimentasse de outras pessoas. A ilha veneziana de Lazzaretto Nuovo, onde ela foi encontrada, foi usada como quarentena de peste bubônica no final dos anos 1500 e 1600, aponta o NY Post. 

Evidências esqueléticas sugerem que a mulher tinha cerca de 60 anos quando morreu, mas pouco se sabe sobre sua história passada. 

O enterro

O trabalho de reconstrução facial da 'vampira do século 16' foi feito pelo perito forense e ilustrados 3D brasileiro Cícero Moraes, que deu detalhes do projeto em um artigo. Clique aqui para saber mais!

Conforme aponta Moraes, o esqueleto foi encontrado em 2006, durante escavações de covas em Lazzaretto Nuovo. Durante a exploração, o crânio em uma das tumbas chamou a atenção por estar com sua mandíbula aberta e com um tijolo de pedra inserido em sua cavidade oral. 

Foram realizados estudos para saber se o posicionamento do tijolo foi acidental ou proposital", explica em sua pesquisa. "Os resultados rejeitaram a primeira hipótese, indicando que a colocação do tijolo foi intencional e fazia parte e um ritual simbólico de sepultamento".