Em janeiro de 2019, o rompimento da barragem causou mortes, desaparecimentos e problemas ambientais graves
De acordo com uma reportagem publicada na manhã desta quinta-feira, 4, pelo portal de notícias G1, a empresa Vale e o Governo de Minas Gerais devem assinar um acordo de reparação pelos extensos danos causados em decorrência da tragédia de Brumadinho. A decisão deve acontecer após quatro meses desde a primeira audiência de conciliação.
O trágico acontecimento em Brumadinho ocorreu em 25 de janeiro de 2019 e resultou na morte de 270 pessoas. Dois anos depois, ainda existem corpos desaparecidos. Além disso, o rompimento da barragem B1 ainda causou problemas ambientais graves, que tornaram o uso de parte da água do rio Paraopeba inviáveis.
Segundo as informações — até o momento — não se sabe o valor exato que o acordo deve chegar. Contudo, fontes revelaram ao G1 que a quantidade de dinheiro deve ultrapassar R$ 37 bilhões, ficando abaixo dos R$ 55 bilhões que haviam sido pedidos anteriormente.
A reforma de danos na região prevê um novo Anel viário, obras para a garantia de segurança hídrica, saneamento básico, investimento em hospitais e auxílio emergencial para a população. Em seu Twitter, o procurador-geral do Ministério Público de Minas Gerais, Jarbas Soares Júnior, nomeou o acordo como o “maior da história”.
Nesta quinta, assinaremos o bilionário acordo com a Vale em razão da tragédia de Brumadinho. O maior acordo da história se dá em 2 ações do MPMG e 1 do estado, e não incluem as ações penais, os danos desconhecidos e os direitos individuais. Respeito aos atingidos e ao povo de MG.
— Jarbas Soares Junior (@jarbassoaresjr) February 3, 2021