Segundo o presidente-executivo da farmacêutica, pode demorar até que um imunizante totalmente eficaz seja distribuído
Nesta terça-feira, 30, o Instituto Adolfo Lutz confirmou dois novos casos da variante Ômicron do Coronavírus no Brasil, ambos de passageiros vindos da África do Sul. Acontece que, segundo Stéphane Bancel, CEO da farmacêutica Moderna, as vacinas que combatem a Covid-19 podem ser menos eficazes contra a nova cepa.
“Acho que não há mundo onde a eficácia esteja no mesmo nível que tivemos com a Delta”, disse o presidente-executivo da Moderna, em entrevista ao Financial Times. “Acho que vai ter uma queda. Só não sei quanto, porque precisamos esperar pelos dados. Mas todos os cientistas com quem conversei estão tipo ‘isso não vai ser bom’.”
O problema é que, caso a variante Ômicron seja realmente resistente às vacinas que já existem no mercado, os números de infecções e hospitalizações podem voltar a crescer no mundo todo, prolongando a pandemia por mais algum tempo, segundo a CNN.
Nesse sentido, Bancel explica que o alto índice de mutações nos picos de proteína que o vírus da Covi-19 usa para infectar os humanos indica que pode surgir a necessidade de modificar as vacinas já existentes. Pode levar meses, no entanto, até que uma nova vacina eficaz contra a cepa Ômicron seja distribuída, segundo narrou o CEO à CNBC.