A Comissão Europeia incentivou a população a montar "kit de sobrevivência" em meio ao aumento das tensões envolvendo a Rússia; confira os itens sugeridos!
A Comissão Europeia recomendou que os governos dos países-membros da União Europeia adotem medidas para preparar cidadãos e serviços essenciais diante de possíveis crises futuras, como incêndios florestais, acidentes industriais, pandemias, ciberataques e conflitos armados.
Conforme comunicado divulgado nesta terça-feira, 26, as diretrizes também incentivam a população a montar um kit de sobrevivência para as primeiras 72 horas de uma emergência nacional. Entre os itens sugeridos estão alimentos, água, dinheiro em espécie, medicamentos, documentos, baterias, roupas quentes, lanterna, canivete e rádio analógico.
A proposta foi apresentada em um vídeo publicado nas redes sociais pela comissária da UE para Preparação, Gestão de Crises e Igualdade, Hadja Lahbibi. Na gravação, ela retira os itens essenciais de uma bolsa e brinca: "Bem-vindos ao ‘O que tem na minha bolsa?’. Edição de sobrevivência".
A publicação reforça a necessidade de uma nova postura diante das crises: "'Preparado para tudo' – esse deve ser nosso novo estilo de vida europeu".
Today, the EU launches its new #Preparedness Strategy.
— Hadja Lahbib (@hadjalahbib) March 26, 2025
“Ready for anything” — this must be our new European way of life. Our motto and #hashtag. pic.twitter.com/fA1z8ZvMDA
A iniciativa surge em meio ao aumento das tensões entre os países europeus e a Rússia e após uma pesquisa encomendada pela UE em 2024 apontar falhas nos planos nacionais de resposta a desastres.
O estudo revelou que o bloco adota uma abordagem fragmentada para lidar com emergências, o que levou Bruxelas a propor protocolos unificados e estimular ações mais coordenadas, informou o comunicado.
É preciso saber como agir – como reagir – se faltar energia, se houver um terremoto, se houver uma grande inundação ou se houver qualquer tipo de ameaça. Como você se protege? De quais recursos você precisa? Como você mesmo assume a responsabilidade?", declarou Roxana Minzatu, vice-presidente da UE para Pessoas, Habilidades e Preparação, a jornalistas em Bruxelas na quarta-feira, 26.
"Trata-se de sairmos de uma mentalidade reativa e responsiva em relação a riscos e perigos potenciais e entrarmos em uma abordagem, em uma mentalidade, que se refere à previsão, à antecipação de riscos e à prevenção", acrescentou.
O documento também sugere uma maior cooperação entre organizações civis e militares, enfatizando que as primeiras horas após uma "perturbação extrema" são as mais críticas. Para a Comissão Europeia, a sociedade precisa "reformular sua visão" sobre preparação e resiliência diante de ameaças iminentes.