Declaração de presidente da Comissão Europeia se deu após uma reunião com líderes europeus e representantes da Otan, no último domingo, 2
Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, afirmou no último domingo, 2, que a Europa precisa se "rearmar urgentemente". A declaração foi feita após uma reunião com líderes europeus e representantes da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), em que foram discutidas estratégias de defesa do continente. O encontro aconteceu poucos dias depois da crise no Salão Oval entre os presidentes Donald Trump e Volodymyr Zelensky.
A líder europeia foi uma das primeiras a se pronunciar após a cúpula em Londres. De acordo com o The Guardian, von der Leyen descreveu a conversa entre os líderes como "boa e franca", ressaltando que o foco esteve no fortalecimento da Ucrânia diante do conflito com a Rússia.
"Nós precisamos urgentemente rearmar a Europa", enfatizou von der Leyen segundo o portal de notícias UOL. Ela também adiantou que a Comissão Europeia irá apresentar, na próxima quinta-feira, um plano de cessar-fogo que inclua "garantias seguras" para a Ucrânia.
"Nós realmente temos que nos posicionar massivamente. (...) Agora é de extrema importância intensificar o investimento em defesa por um período prolongado de tempo. É para a segurança da União Europeia, e precisamos, no ambiente geoestratégico em que vivemos, preparar-nos para o pior e, portanto, reforçar as defesas", declarou.
Ao ser questionada sobre o papel dos Estados Unidos, von der Leyen afirmou que a União Europeia está pronta para "defender a democracia". Ela destacou ainda a importância do Estado de Direito, ressaltando que "você não pode invadir e intimidar o seu vizinho, nem mudar as fronteiras com a força.".
A fonte destaca que o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, também reforçou o apoio à Ucrânia após a reunião. Em declaração à imprensa, ele afirmou que diversos países demonstraram interesse em integrar a "coalizão dos dispostos", uma iniciativa europeia de auxílio à Ucrânia, sem especificar quais nações fariam parte do grupo.
Para Starmer, a Europa está diante de uma "encruzilhada histórica" e deve apoiar a Ucrânia. No entanto, ele ressaltou que qualquer acordo de paz duradouro para a região dependerá de garantias de segurança por parte dos Estados Unidos. Ontem, o premiê britânico anunciou um pacote de R$ 16 bilhões para fortalecer as capacidades de defesa ucranianas.