Conselheiro de segurança nacional dos EUA afirmou que há uma "possibilidade distinta" de conclusão do acordo antes da saída de Joe Biden
Representantes do governo Biden acreditam que um acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas pode ser firmado antes da posse de Donald Trump, prevista para a próxima semana. Autoridades israelenses também confirmaram avanços nas negociações mediadas por Catar, EUA e Egito.
Jake Sullivan, conselheiro de segurança nacional dos EUA, afirmou em uma conferência que há uma "possibilidade distinta" de conclusão do acordo antes da saída de Joe Biden, destacando a crescente pressão para que o Hamas dê uma resposta favorável.
Gideon Saar, ministro das Relações Exteriores de Israel, relatou progressos nas conversas sobre a libertação de reféns israelenses e o fim das hostilidades.
As negociações enfrentam desafios, como a troca de reféns e prisioneiros palestinos, além de questões sobre a permanência do cessar-fogo e a retirada de tropas israelenses de Gaza. Enquanto fontes palestinas indicam avanços significativos, há divergências sobre pontos específicos, como a libertação de líderes de alto escalão detidos por Israel.
O presidente Joe Biden reforçou a urgência de um acordo em conversa com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, enfatizando a necessidade de libertação de reféns e ampliação da ajuda humanitária à região.
Contudo, partidos de extrema direita da coalizão de Netanyahu expressaram oposição ao acordo em andamento, classificando-o como prejudicial à segurança de Israel.
As condições em Gaza permanecem críticas, com mais de 46.500 palestinos mortos e 109.000 feridos desde o início do conflito em outubro de 2023, conforme dados do Ministério da Saúde do território palestino. A população enfrenta inverno rigoroso em meio a abrigos improvisados, agravando a crise humanitária.
Com as negociações se intensificando, os próximos dias serão decisivos para determinar se um cessar-fogo será alcançado antes da transição presidencial nos Estados Unidos.
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