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Notícias / Mundo

Massacre em acampamento em Gaza deixa 58 mortos, incluindo crianças

Ataque a refugiados em al-Mawasi, uma zona humanitária, agrava a crise em Gaza, enquanto negociações para um cessar-fogo avançam

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 23/12/2024, às 18h30

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Acampamento em al-Mawasi - Getty Images
Acampamento em al-Mawasi - Getty Images

A escalada da violência em Gaza atingiu um novo patamar com o ataque a um acampamento humanitário em al-Mawasi, deixando dezenas de mortos, incluindo duas crianças. O incidente, ocorrido em uma zona declarada segura por Israel, gerou indignação internacional e aumentou a pressão para um cessar-fogo imediato.

O ataque a al-Mawasi é apenas um dos muitos incidentes que têm marcado a guerra. Hospitais, escolas e abrigos estão sendo alvos constantes, levando a uma grave crise humanitária. Milhares de palestinos estão deslocados, vivendo em condições precárias e enfrentando escassez de alimentos, água e medicamentos.

As Forças Armadas de Israel alegam que seus ataques se concentram apenas em combatentes, justificando que estes se escondem entre a população civil. No domingo à noite, as autoridades israelenses afirmaram ter visado militantes do Hamas em uma área designada como humanitária.

O diretor do hospital Kamal Adwan, Hussam Abu Safiya, informou à Reuters que as autoridades israelenses ordenaram a evacuação da unidade. Segundo ele, cumprir essa ordem é praticamente impossível devido à escassez de ambulâncias para transportar os pacientes.

"Atualmente temos quase 400 civis dentro do hospital, incluindo bebês na unidade neonatal, cujas vidas dependem de oxigênio e incubadoras. Não podemos evacuar esses pacientes com segurança sem assistência, equipamento e tempo", disse Hussam à Reuters.

Segundo o 'The Guardian', as baixas temperaturas e as tempestades que atingiram a região agravaram ainda mais a situação, com muitas famílias buscando abrigo em tendas improvisadas.

Negociações

Enquanto a violência continua, as negociações para um cessar-fogo avançam, com grupos palestinos e israelenses sinalizando a possibilidade de um acordo. No entanto, as divergências entre as partes e a postura dura de alguns líderes israelenses, como o ministro das finanças Bezalel Smotrich, que se opõe a qualquer acordo que não inclua a rendição do Hamas, dificultam o avanço das negociações.

"A possibilidade de chegar a um acordo está mais próxima do que nunca, desde que o inimigo pare de impor novas condições", disseram o Hamas, a Jihad Islâmica e a Frente Popular para a Libertação da Palestina, de esquerda, em uma declaração conjunta emitida na última sexta-feira, 20.

A crise em Gaza tem gerado grande preocupação internacional. Organizações humanitárias alertam para a necessidade urgente de ajuda humanitária e pressionam por um cessar-fogo imediato. A comunidade internacional tem o dever de agir para proteger os civis e encontrar uma solução duradoura para o conflito.