Pessoa faleceu em meio aos protestos contra a reeleição de Nicolás Maduro, confirmada no último domingo, 28
Redação Publicado em 30/07/2024, às 09h12
A ONG Foro Penal informou que ao menos uma pessoa morreu na segunda-feira, 29, durante os protestos contra a reeleição do presidente Nicolás Maduro na Venezuela. A oposição afirma ter provas de uma fraude eleitoral, enquanto cresce o apelo internacional por maior transparência na contagem dos votos.
A primeira morte foi registrada no estado de Yaracuy (noroeste), conforme relatado pela ONG especializada na defesa de presos políticos, embora, de acordo com o portal IstoÉ, as circunstâncias do falecimento não tenham sido explicadas. Alfredo Romero, diretor da organização, também informou que 46 pessoas foram detidas pelas autoridades.
"E vai cair, e vai cair, este governo vai cair!”, gritavam manifestantes que foram às ruas de Petare, a maior favela da capital Caracas. “Entregue o poder já!”, diziam outros.
Segundo a fonte, foram registradas manifestações em diversas regiões da capital, incluindo áreas muito pobres, onde a Guarda Nacional dispersou os protestos com gás lacrimogêneo e tiros de bala de borracha. Em alguns bairros, também foram ouvidos disparos. Protestos também ocorreram no interior do país.
“Pela liberdade do nosso país, pelo futuro dos nossos filhos, queremos liberdade, queremos que Maduro vá embora. Vá embora, Maduro!”, disse a dona de casa MarinaSuge à AFP durante o protesto em Petare.
Liderada por María Corina Machado, a oposição denuncia fraude e afirma ter provas de que a eleição foi vencida por Edmundo González Uruttia no domingo. Machado explicou que, após obter acesso a cópias de 73% das atas de apuração, a projeção indica uma vitória da oposição com 6,27 milhões de votos, contra 2,75 milhões para Maduro.
