Grupo de exploradores chineses encontrou um grande espólio em depósito de ouro, avaliado em mais de 480 bilhões de reais
Pesquisadores chineses do Geological Bureau of Hunan Province (GBHP) anunciaram em 21 de novembro a descoberta de um depósito de minério de ouro de alta qualidade em Wangu, no nordeste da província de Hunan.
Este novo local pode abrigar o maior reservatório de ouro remanescente do planeta, avaliado em mais de US$ 83 bilhões (cerca de R$ 483 bilhões). A descoberta inclui mais de 40 formações geológicas (veios), contendo 330 toneladas de ouro a uma profundidade de até 2 mil metros.
Utilizando modelos 3D, os cientistas estimam que o depósito totalize cerca de 1.100 toneladas de ouro, a uma profundidade de aproximadamente 3 mil metros, o que equivale a oito vezes o peso da Estátua da Liberdade.
As autoridades chinesas também revelaram que foram encontrados 138 gramas de ouro por tonelada métrica de minério, um valor relativamente alto em comparação com a maioria das minas de ouro no mundo.
Chen Rulin, especialista do GBHP, destacou, conforme O Globo, que muitos dos núcleos de rocha perfurados apresentaram ouro visível, e mais depósitos foram encontrados nas perfurações realizadas em áreas periféricas do local, sugerindo a presença de grandes quantidades do minério ainda por explorar.
Controlar a quantidade de ouro disponível nas minas ao redor do mundo é um desafio devido a variações nas taxas de extração e à falta de transparência nos dados. Em 2022, a mina South Deep, na África do Sul, possuía as maiores reservas conhecidas, estimadas em 1.025 toneladas de ouro. Isso sugere que o novo depósito em Hunan pode representar o maior estoque natural de ouro já registrado.
A descoberta teve um grande impacto na indústria de mineração e na economia global, com o preço do ouro subindo para cerca de US$ 2.700 por onça (US$ 95.240 por quilograma), atingindo quase o recorde de valor.
Embora a China já seja o maior produtor de ouro do mundo, com cerca de 10% da produção global em 2023, seu consumo supera em muito a produção interna. O país consome três vezes mais ouro do que consegue extrair, o que o leva a depender de importações de países como Austrália e África do Sul.