No dia 1º de maio de 1994, há exatos 27 anos, o mundo inteiro se comovia com a trágica morte de um dos maiores ídolos da história do esporte brasileiro
Tricampeão mundial de Fórmula 1, Ayrton Senna iniciava a temporada de 1994 realizando um sonho: fazer parte da vitoriosa equipe Williams-Renault. O brasileiro já havia tentado ingressar na Williams na temporada passada, mas acabou sendo impedido por Alain Prost, um de seus grandes rivais. A trama é mostrada no documentário ‘Senna’, lançado em 2010.
Como a cláusula que impediria Ayrton de se juntar à equipe acabou no ano seguinte, o piloto seguiu com seu desejo. Mas Prost acabou se retirando da Williams um ano antes do término de seu contrato, como explica o livro ‘Ayrton: O herói revelado’, de Ernesto Rodrigues.
Apesar de ter acabado de entrar na equipe que ganhou os últimos dois títulos da categoria, o início da temporada não foi como esperado por Senna, já que o carro da Williams demonstrava certa instabilidade com as mudanças feitas após determinação da FIA, como o banimento dos sistemas eletrônicos dos veículos.
No dia 1º de maio de 1994, Ayrton participava do GP de San Marino para fazer aquilo que parecia estar predestinado a fazer sempre: vencer. Mas um terrível acidente acabou tirando a vida do piloto brasileiro.
Com a estreia de 'Senna', série da Netflix baseada na trajetória de sucesso do piloto, a equipe do site do Aventuras na História separou cinco curiosidades sobre a vida de Ayrton Senna.
Além de extraordinário piloto, Senna também foi muito midiático. Tudo que o piloto brasileiro fazia parecia se tornar digno das capas de revistas. Porém, no final de 1984, Ayrton ganhou os holofotes por um assunto que preocupou a todos: uma paralisia facial.
Como explica matéria publicada pela equipe do site do Aventuras na História, certo dia, o recém-contratado da Lotus acordou com o lado direito do rosto totalmente paralisado. Em um primeiro momento, a situação espantou a todos, já que muitos acreditavam que ele poderia ter tido um derrame.
Porém, depois de realizar alguns exames médicos, descobriu-se que a paralisia havia sido causada por uma mastoidite — nada mais do que uma inflamação no nervo responsável por transmitir os comandos do cérebro à musculatura facial.
Após tratamentos alternativos e massagens faciais não resolverem o problema do piloto, Senna passou a fazer uso de cortisona — remédio que ele havia rejeitado por temer os efeitos colaterais que a medicação poderia causar. Após algumas semanas de desespero, Ayrton finalmente estava recuperado em fevereiro de 1985.
Como já dito, Senna costumava a chamar muito a atenção da mídia. E seus relacionamentos não escapavam muito disso. Em 1993, por exemplo, o piloto voltou a ganhar os noticiários por seu romance com a modelo Adriane Galisteu, como relembra matéria do UOL.
Apesar de tentar manter o sigilo de sua relação, Ayrton descobriu que Adriane havia feito uma sessão de fotos como coelhinha da Playboy antes dos dois começarem a namorar. Com o intuito de evitar um assédio ainda maior, Senna chegou a fazer uma ligação de Portugal diretamente para o jornalista Juca Kfouri, que era o diretor da revista na época.
O esportista alegou que estava apaixonado pela jovem e pediu para que as fotos não fossem publicadas, além disso, chegou a oferecer cerca de 5 mil dólares pelos originais. "Ayrton, essas fotos estarão com você o mais rápido possível. Não precisa se preocupar em pagar, não faz nenhum sentido", respondeu Kfouri, segundo relata o UOL.
Em 1995, um ano após a perda de Ayrton, a modelo recebeu uma proposta recorde para posar nua na edição de aniversário da revista. Desta vez, as fotos foram publicadas, se tornando um verdadeiro sucesso de vendas, com a distribuição de mais de 1,2 milhão de cópias.
Antes da morte de Senna, em 1º de maio, o GP de Ímola já havia deixado presságios do que poderia acontecer em duas ocasiões dos treinos qualificatórios. Como relembra matéria publicada pela equipe do site do Aventuras na História, na sexta-feira, o brasileiro Rubens Barrichello havia sofrido um impressionante acidente, quando passou por cima de uma zebra, voou da pista e se chocou com o topo de uma barreira de pneus na curva Variante Bessa.
Mas, além de Senna, outro acidente fatal também aconteceu naquele circuito. No dia seguinte ao acidente de Rubens, o austríaco Roland Ratzenberger, que corria pela Simtek, bateu violentamente na curva Villenueve.
Segundo o portal Grande Prêmio, o impacto causou uma fratura basal craniana no piloto, que foi levado às pressas até o Hospital Maggiore de Bolonha. Porém, oito minutos depois veio a notícia: ele estava morto.
A fatalidade fez com que muitos pilotos cogitassem não correr o GP naquele domingo. Segundo Sid Watkins, chefe da equipe médica da F1, Senna era um dos mais abalados com a morte do colega de profissão.
Porém, a largada foi dada no dia seguinte e, após um acidente entre os pilotos JJ Lehto e Pedro Lamy, que se chocaram logo na saída, Senna iria completar a segunda volta após o Safety Car deixar a pista quando ele perdeu o controle do carro, seguiu reto e bateu violentamente contra um muro na curva Tamburello.
Após o choque, a bandeira vermelha logo foi erguida e os médicos foram deslocados até o trecho onde ocorreu o acidente. Apesar de muitos sentirem alívio com a TV flagrando Senna mexendo levemente a cabeça, o impacto havia sido causado por um profundo dano cerebral, conforme explica o Jornal do Brasil.
No carro de Senna, como mostra Andrew Longmore no livro ‘Ayrton Senna: The Last Hour’, foi encontrado uma bandeira da Áustria — que seria uma forma do piloto brasileiro homenagear Roland Ratzenberger após o fim da corrida — algo que, infelizmente, nunca aconteceu.
Após o acidente em Ímola, o brasileiro, como um todo, ficou arrasado com a perda do maior esportista brasileiro da época — e um dos maiores de todos os tempos. Por conta da comoção nacional, o Governo brasileiro chegou a declarar luto oficial de três dias, como aponta matéria publicada pela equipe do site do Aventuras na História.
Além disso, o governo brasileiro também concedeu a Senna as mesmas honras de um chefe de Estado, como a salva e tiros. Como relembra matéria publicada pela Globo, o cortejo do caixão de Ayrton durou aproximadamente 24 horas, partindo do Aeroporto de Guarulhos e indo até a Assembleia Legislativa — e depois indo até o Cemitério do Morumbi.
Segundo o Jornal do Comércio, cerca de três milhões de pessoas estiveram presentes ao longo do trajeto. Além disso, a cerimônia foi transmitida ao vivo pela televisão.
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