O funcionário real egípcio tinha acesso privilegiado aos documentos do Rei Teti
No sítio arqueológico de Saqqara, no Egito, pesquisadores poloneses encontraram uma tumba de 4.300 anos de idade que, de acordo com os hieróglifos nas paredes, pertencia a um homem chamado Mehcheczi.
Segundo informações repercutidas pelo portal Nauka W Polsce no último domingo, 1, durante sua vida o egípcio teria servido aos interesses do Faraó Tetie, provavelmente, também de seu sucessor, Userkaré.
Provavelmente graças a um bom trabalho, Mehczeczi conseguiu contratar uma equipe eficiente de artesãos, pois sua capela é decorada com relevos de beleza excepcional", relatou Kamil O. Kuraszkiewicz, especialista em arqueologia e chefe da equipe que fez a descoberta.
A qualidade dos relevos encontrados na tumba lembram aqueles observados no local de descanso de Merefnebef, outro funcionário de alto escalão da corte do rei Teti, levando os arqueólogos a se perguntarem se os dois foram feitos pelo mesmo artista.
As inscrições através da tumba do funcionário egípcio revelaram que a função do homem seria relacionada à inspeção de propriedades reais, além dele ter servido como sacerdote. Outro detalhe curioso é que os hieróglifos revelam que Mehcheczi teria tido acesso à "documentos secretos do Faraó".
Pode-se supor que no caso deste título não se trata tanto da categoria dos documentos quanto do acesso à fase de sua criação. É possível que ele tivesse o direito de saber quais documentos foram criados na chancelaria real antes de serem publicados", explicou Kuraszkiewicz, ainda de acordo com o Nauka W Polsce.
O pesquisador destacou, contudo, que nesse momento a interpretação é apenas um palpite, uma vez que o estudo do achado ainda está em sua fase inicial.
A próxima fase da pesquisa é a procura pela câmara funerária da tumba, que pode conter a múmia do funcionário egípcio.