TSE formou maioria para tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) formou maioria para tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível após julgamento que teve desdobramentos nesta sexta-feira, 30. A inelegibilidade do político se estende até 2030.
Benedito Gonçalves, o ministro Floriano Marques, o ministro André Tavares e a ministra Cármen Lúcia se mostraram a favor da condenação de Bolsonaro e absolvição de Walter Braga Netto. Após o voto do ministro Nunes Marques, acontecerá o voto de Alexandre de Moraes, o presidente da Corte.
Bolsonaro respondeu por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação devido a uma reunião com embaixadores estrangeiros realizada no ano passado, antes mesmo das eleições presidenciais. Na ocasião, ele atacou, sem provas, o sistema eleitoral brasileiro. O encontro foi transmitido ao vivo pelo canal oficial do governo e nas redes sociais do político.
Com a decisão do TSE, Jair Bolsonaro não poderá se candidatar à presidência, nem mesmo a cargos municipais ou estaduais por um período de oito anos.
Antes mesmo da decisão da Justiça, o pelista chegou a criticar as autoridades, considerando injusta a realização do julgamento. Segundo o Estado de Minas, o ex-presidente, que embarcava para o Rio de Janeiro no momento da declaração, disse não ter cometido nada de concreto contra a democracia.
É uma injustiça comigo, meu deus do céu. Me aponte algo de concreto que fiz contra a democracia, joguei dentro das quatro linhas tempo todo", disse o ex-presidente.