Pedido só foi protocolado à Comissão de Proteção à Paisagem Urbana depois de questionamentos da imprensa
A estátua do Touro de Ouro que se encontra em frente à Bolsa de Valores de São Paulo, B3, foi instalada sem a autorização da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU), um órgão da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) responsável pela regulamentação e autorização da instalação de estátuas na capital de São Paulo.
Segundo o portal de notícias G1, que descobriu a situação e acionou a empresa responsável pela estátua na última quinta-feira, 15, até então não havia pedido algum de análise dentro do órgão e, sem ele, a exposição do Touro de Ouro não é autorizada.
Foi apenas um dia depois, na noite da última sexta-feira, 16, que a prefeitura de São Paulo disse que a DMAISB Arquitetura e Construção, responsável pela confecção e pelo licenciamento do touro, fez o pedido da apreciação da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana, que ainda não tem data marcada para ser avaliado.
A declaração, feita em comunicado, diz: “A Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) informa que recebeu nesta sexta-feira (19) solicitação de manifestação sobre a intervenção urbana com exposição temporária em questão. A Comissão de Proteção da Paisagem Urbana (CPPU) se manifestará sobre o pedido em sua próxima reunião, com data a definir.”
Ainda de acordo com o G1, a Bolsa de Valores também se manifestou, dizendo que a estátua do touro tem autorizações vigentes dos órgãos municipais para sua instalação, listando a da Subprefeitura Sé e a do Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), além da autorização da Secretaria Municipal da Cultura, feita para exposição em logradouro público, como evento temporário.
A Subprefeitura Sé, por sua vez, disse, em nota, que o tempo previsto para a exposição do Touro de Ouro na rua XV de Novembro no momento é de 15 de novembro deste ano até 15 de fevereiro de 2022, somando 92 dias.
Até agora, a DMAISB Arquitetura e Construção, que segundo o G1, recebeu 350 mil reais da Bolsa de Valores para realizar o projeto, e o arquiteto e artista plástico Rafael Brancatelli não responderam os questionamentos do veículo enviados via e-mail.