Após denúncia dos prisioneiros, a juíza ordenou a suspensão das execuções marcadas para o mês de janeiro
Nesta quinta-feira, 23, o Departamento de Justiça Criminal do Texas (TDCJ, na sigla em inglês) emitiu um comunicado informando que dois condenados à morte no Texas, Estados Unidos, acusaram os agentes de segurança, semanas antes do cumprimento da pena, de receberem amostras de um fármaco vencido.
Segundo informações do portal UOL, a substância denominada de “pentobarbital”, que seria colocada na injeção letal dos presosJohn Balentine e Wesley Ruiz, é um potencial causador de sofrimento desnecessário, algo proibido pela lei americana.
Dada a antiguidade dos medicamentos (...) o pentobarbital que pretendem usar (...) vai agir de forma imprevisível, obstruindo as vias intravenosas durante a execução e causando dor desnecessária. É alarmante que o Texas continue fazendo execuções com pentobarbital vencido, violando sua própria lei", declarou Shawn Nolan, advogado de defesa de Balentine e Ruiz.
Conforme noticiado pela agência AFP, depois da denúncia, Catherine Mauzy, juíza civil responsável pelo caso, suspendeu as execuções marcadas para depois do dia 10 de janeiro, levando em consideração o vencimento do pentobarbital. Em resposta, o TDCJ afirmou:
Os medicamentos para as injeções letais estão dentro do prazo de validade e foram devidamente testados".
Posteriormente, a Procuradoria Geral do Texas, estado que começou a usar a injeção letal em 1982, entrou com um pedido de revisão da decisão à Corte Criminal de Apelações, que rejeitou as medidas estabelecidas por Mauzy.
Wesley Ruiz, acusado de matar um policial em 2007, recebeu a injeção letal no dia 1º de fevereiro. Já John Balentine, envolvido em um triplo homicídio em 1998, teve pena executada no dia 8 de fevereiro.