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Notícias / História

Tecnologia arqueológica esclarece mistérios de equipamentos médicos romanos

Com a utilização de novas tecnologias, a análise de equipamentos cirúrgicos de 2.000 anos revelou técnicas médicas da antiguidade

Gabriel Marin de Oliveira sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 22/07/2024, às 14h04

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Equipamentos médicos romanos de 2.000 anos - Divulgação/Universidade de Exeter
Equipamentos médicos romanos de 2.000 anos - Divulgação/Universidade de Exeter

Graças à tecnologia moderna, a análise de ferramentas médicas romanas antigas encontrou novas perspectivas sobre as práticas cirúrgicas há mais de 2.000 anos. Os equipamentos, descobertos há 125 anos perto do Rio Walbrook, em Londres, foram recentemente estudados a fundo com o uso de scanners de tomografia computadorizada, permitindo uma visão detalhada de suas técnicas de uso e construção.

A análise detalhada dos artefatos foi conduzida no Laboratório 3D SHArD da Universidade de Exeter, na Inglaterra. Seis objetos médicos foram examinados: um bisturi de bronze, duas agulhas, uma colher e duas sondas cirúrgicas. O objetivo do estudo foi entender como os médicos romanos tratavam lesões e condições médicas na antiguidade.

Rebecca Flemming, professora de Pensamento Tecnológico e Científico da Grécia Antiga, liderou o estudo. "Novas tecnologias nos permitem investigar objetos antigos de formas novas e empolgantes, revelando muito mais sobre seu design e construção, suas capacidades e usos", afirmou Flemming.

O estudo

Segundo a 'Revista Galileu', a pesquisa mostrou que os cirurgiões romanos utilizavam os bisturis para operações e procedimentos terapêuticos, como o derramamento de sangue. As sondas eram usadas para inspeção de feridas, fístulas e fraturas, além de limpar a cera dos ouvidos. A colher ajudava na mistura de medicamentos, enquanto as agulhas eram usadas para costura de curativos.

Tenho interesse na prática da medicina antiga, e também nas formas como o Império Romano espalhou instrumentos cirúrgicos pelo seu território, da Inglaterra à Síria", disse Rebecca.

"O que este projeto também revela é o potencial que temos de trazer organizações, como a DEMHT, e tecnologias do SHArD 3D para explorar questões e objetivos em comum," completou a professora.