A Peltocephalus maturin, também conhecida como tartaruga-gigante-amazônica, teria convivido com os povos indígenas da região milhares de anos atrás
A Floresta Amazônica, uma das maiores do mundo, é um tesouro natural de incomparável diversidade, abrigando uma rica fauna e flora. Ao longo da história, e ainda nos dias de hoje, a Amazônia tem sido lar de animais impressionantes, como a sucuri-verde e o titânico Purussaurus brasiliensis.
Uma dessas criaturas, a Peltocephalus maturin, também conhecida como tartaruga-gigante-amazônica, não é apenas uma relíquia pré-histórica. Um novo estudo publicado na Biology Letters sugere que essa espécie pode ter coexistido com as primeiras populações humanas da região, entre 14 e 9 mil anos atrás.
De acordo com o portal SoCientífica, em 2015, um fóssil da mandíbula desse animal pré-histórico foi descoberto em um garimpo desativado no Rio Madeira, em Rondônia. Pesquisadores de diversas universidades brasileiras colaboraram para identificar o animal, que tinha até 2 metros de comprimento.
Inicialmente, acreditava-se que a mandíbula pertencia à Stupendemys, a maior tartaruga de água doce da história, que viveu durante o Mioceno, cerca de 25 milhões de anos atrás. No entanto, uma datação por carbono revelou uma idade muito mais recente para o fóssil, entre 14 e 9 mil anos, descartando essa possibilidade.
A análise geoquímica confirmou a datação e revelou que o fóssil não poderia ter menos de 9 mil anos e tinha no máximo 40 mil anos. Esse intervalo sugere que a tartaruga-gigante-amazônica pode ter convivido com os povos indígenas da região, que possivelmente contribuíram para seu desaparecimento devido à caça.
+ Confira aqui o estudo completo.