Em meio às polêmicas do Flow Podcast, a convidada posicionou-se contrária às declarações de Monark
Uma das convidadas no episódio 545, já deletado, do programa Flow Podcast, a deputada Tabata Amaral foi a única a, ativamente, posicionar-se contra os discursos do ex-apresentador Bruno Aiub, ou Monark, como é conhecido na internet, e Kim Kataguiri, especialmente quando as declarações de ambos foram acusadas de fazer apologia ao nazismo.
No entanto, mesmo após isso, a deputada se levantou e tirou uma foto com os outros participantes do debate, a qual postou em suas redes sociais. Quando a reação às falas de Monark e Kataguiri foram amplamente criticadas, Amaral decidiu por apagar a imagem de seus perfis e pedir desculpa ao público.
Explicando sua decisão em uma transmissão ao vivo do Instituto Brasil-Israel nesta quinta-feira, 10, a deputada afirmou que a captura de fotos é um costume após um debate, em destaque um tão longo quanto aquele. De acordo com a cobertura do portal de notícias Yahoo!, Tabata Amaral destacou que a foto foi um erro.
“Foi um erro. Eu me levantei, era quase 1h, estava muito cansada. O que a gente sempre faz é tirar uma foto e agradecer o convite, independente de ter sido bacana. Quando, no dia seguinte, eu percebi que tinha sido um erro, a gente retirou e pediu desculpas”.
Além disso, Tabata confirmou a declaração de Monark, que disse estar bêbado. Porém, ao contrário das declarações de Aiub, Amaral rejeita a ideia de que há qualquer culpa na substância alcoólica.
Havia de fato o consumo de muita bebida na mesa e talvez isso tenha contribuído para que as coisas fugissem do razoável, mas não acho que isso seja desculpa para qualquer coisa”.
Em outro momento da transmissão ao vivo, a deputada criticou a intensidade das acusações na internet e apontou que a sua posição teria sido mais questionada que qualquer dos outros homens presentes, que deixaram Monark e Kim Kataguiri falarem sem se opor.
Além disso, Tabata Amaral também foi criticada e questionada por não ter levantado da mesa e ter ficado no Flow Podcast enquanto os outros faziam apologia ao nazismo. Na sua opinião, ela precisava discordar ativamente e debater estas ideias, por isso ficou e colocou-se em uma posição contrária a ambos.
A escolha que eu sempre faço, e que fiz, foi de contra argumentar, porque eu realmente era a única voz contra argumentando. E tem trechos da conversa com milhões de visualizações. Não estou dizendo que todos têm que contra argumentar, não tô dizendo que a indignação pessoal não tenha valor quando ela se manifesta como ‘vou sair desse debate”, apontou em sua fala.
“Mas, em outro momento ali, quando a gente estava debatendo racismo ali, eu disse algo que para mim é muito verdade: ‘Olha, não tem uma pessoa negra nessa mesa’. Então, eu, enquanto aliada na luta antirracista, vou sentar na cadeira que me cabe aqui para dizer que essa visão está errada, porque tem pessoas que podem ser direcionadas para essa visão da qual eu discordo, então, eu tenho que me colocar. Eu tinha os argumentos. A gente está falando de algo tão absurdo, que para mim era óbvio que aquilo tinha que ser respondido”, explicou.